Vivo vê o varejo como importante gerador de novas receitas
A Vivo acredita que o varejo e toda a possibilidade de omnichanel ( uma estratégia de vendas que integra diferentes canais de comunicação e divulgação) é um segmento importante para a geração de novas receitas para além da oferta de conectividade pela operadora. No segmento de varejo, disse o CEO da Vivo, Christian Gebara, a intenção da empresa é apresentar soluções para que o cliente possa usar o próprio aplicativo com realidade aumentada e realidade virtual para fazer suas compras. O setor de agropecuária foi também apontado como uma das verticais importantes para a oferta de novos serviços digitais pelo executivo.
” A empresa tem a grande responsabilidade de fazer crescer a receita com conectividade. Isso representa investimentos elevados – de nove bilhões de reais ano, para uma receita de 48 bilhões de reais. As empresas de telecomunicações no Brasil são penalizadas pelo mercado pelos investimentos muito altos que precisam fazer frente a receita que geram. Por isso, precisamos procurar outras fontes de receitas”, afirmou o executivo.
Segundo Gebara, o advento das APIs, do poder computacional distribuído, do edge cloud, e das redes orientadas a software, que chegaram com o 5G, transforma as redes de telecom em grandes plataformas de inovação. Mas o executivo alerta que esse caminho não é fácil. “No início da jornada, os modelos de negócios não apontavam como as empresas seriam remuneradas”, pondera. Por isso a operadora não só decidiu firmar parcerias com diferentes empresas, como também criar um fundo de Venture Capital dirigido para start ups que estão em estágio mais avançados de desenvolvimento como forma de se criar propostas mais robustas e mais amplas.
Agro
No segmento da agropecuária, Gebara, que participou do Painel Telebrasil Innovation, disse que a operadora está firmando inúmeras parcerias, mas que ainda não se encontrou retorno de investimentos capaz de remunerar todos os agentes da cadeia produtiva. Mas alternativas estão sendo testadas. Segundo ele, os dispositivos usados no campo ainda são muito caros, o que dificulta o ingresso do pequeno e médio produtor no ecossistema digital.