Vivensis quer 25% do mercado de parabólicas com migração para a banda Ku

A fabricante curitibana Vivensis inaugurou fábrica em Manaus, vai participar das concorrências pelo fornecimento de kits para banda Ku às famílias do CadÚnico e também quer vender para usuários de parabólicas não contemplados por políticas públicas.

A fabricante curitibana Vivensis se diz pronta para a migração das antenas parabólicas para o modelo baseado em banda Ku. Requisito definido no leilão 5G da Anatel, feito em 2021, as TVs que transmitem seu sinal aberto via satélite na banda C deverão migrar para a banda Ku, ao menos nas capitais, até meados do ano. Significa que os usuários de parabólicas deverão trocar os velhos e grandes discos pelas antenas muito mais compactadas, tradicionalmente utilizadas na TV paga (DTH).

Yvan Cabral, sócio-fundador da Vivensis, diz que a empresa quer justamente um quarto dessa demanda que surgiu em função do leilão 5G. Ao menos 18,9 milhões de domicílios usam antenas parabólicas segundo o IBGE. Quer dizer que a fabricante pretende vender mais de 4,7 milhões de kits a estas famílias. Conhecimento, a empresa diz que tem por ser parceira estratégica das operadoras Sky, Hughes Net e Copel Telecom.

“A meta de atender 25% da demanda é agressiva, mas estamos confiantes e orgulhosos em contribuir para a rápida adoção do 5G no Brasil e continuar a levar TV aberta para toda sociedade brasileira”, afirma.

Com a inauguração do novo Centro Tecnológico de Atendimento da Vivensis em Curitiba, no ano passado, com capacidade para mais de 400 colaboradores; com a conclusão do seu processo de reestruturação, conquista de novos clientes e investimento de R$ 20 milhões numa nova fábrica em Manaus, a empresa afirma que está capacitada para cumprir o cronograma de migração da Anatel, criar novas linhas de produtos eletrônicos e dobrar seu faturamento nos próximos dois anos.

Segundo Cabral, a empresa vai se posicionar como fabricante e participar de concorrências junto à entidade administradora na nova faixa de TV aberta para parabólicas, pelo 5G, agilizando o abastecimento a distribuidores, atacado, varejo e anteneiros.

“Será uma excelente oportunidade de sermos um dos principais agentes dessa transformação tecnológica. Já estamos preparados para apresentar a nossa proposta e conquistar uma boa participação deste mercado”, reforça.

O 5G e a troca das parabólicas

Com o leilão do 5G, a Anatel definiu que as antenas parabólicas de todo o país deixarão de funcionar na mesma faixa de sinal que leva a programação dos canais abertos e gratuitos das emissoras para suas afiliadas, conhecida como banda C (3,5 Ghz).

Com isso, o sinal analógico será desligado e quem possui TV por parabólica deverá adquirir receptor e antena específicos para captar o sinal digital pela frequência Ku (15,35 a 17,25 GHz), por meio do satélite StarOne D2 ou outro escolhido pelas emissoras – a alternativa mais cotada é o IS-32 da Sky.

Famílias beneficiárias de programas sociais, integrantes do CadÚnico, receberão kits Ku gratuitamente e serão orientadas a apontar suas antenas para o Star One D2.

As mudanças visam o pleno funcionamento tanto do 5G quanto do sinal de TV aberta via parabólica pela nova frequência, pois, se continuarem a operar na mesma faixa, pode haver interferências ou derrubada do sinal de TVRO (emissoras sintonizadas por parabólicas). E, pelo edital de leilão, as compradoras da frequência 3,5GHz (Telefônica, Tim e Claro) são as responsáveis por fornecer receptores e antenas adequados à população inscrita no CadÚnico. Para os demais, os equipamentos serão comercializados.

Segundo a Anatel, o número de cadastros no CadÚnico (cadastro do Governo Federal que indica as famílias de baixa renda no País) com direito a receber o kit grátis na nova frequência (Ku) é de aproximadamente 10 milhões. A previsão inicial era de 8 milhões, mas o número aumentou com a distribuição do Auxílio Brasil durante a pandemia de Covid-19. (Com assessoria de imprensa)

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Da Redação

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