Vitor Breguedo: O que esperar do mercado de virtualização de rede?
Por Vitor Breguedo*
Tradicionalmente conservador, o mercado de redes está rapidamente se transformando e os próximos anos devem ser decisivos para uma ruptura total do modelo como conhecemos. Tal contexto também se aplica ao Brasil, ainda que sejamos reconhecidos por ter um segmento de TI corporativa engessado e resistente às novas tendências. Nem mesmo a crise econômica e o habitual conservadorismo da indústria irá barrar a evolução da rede.
E o motivo para isso é bem simples. A virtualização da rede a tornará mais acessível e flexível, com ganhos para companhias de portes diferentes e com necessidades diversas. A customização e escalabilidade ganha novas possibilidades e camadas, com custo ajustado de acordo com essas demandas.
Acompanhando os servidores e storages, a Rede Definida por Software (Software Defined Networking, SDN em inglês) é o próximo passo para a virtualização completa do sistema, a fim de chegarmos ao Tudo Definido por Software (Software Defined Everything, SDE em inglês). Com o recente e inevitável movimento de abertura da rede, o SDN deve deixar de ser emergente para se tornar o padrão em cerca de três anos.
Os ganhos para as empresas são inúmeros: uma arquitetura aberta, que implementa um ambiente dinâmico, gerenciável, com bom custo-benefício e adaptável. Acima de tudo, suas propriedades podem ser aplicadas em qualquer sistema, de forma escalável e programável.
Um mercado totalmente dinâmico, a TI corporativa lança tendências em tempo real e apenas algumas se consolidam como soluções de fato. Essa velocidade é o que barra muitas vezes o interesse das empresas em adotar novas tecnologias e métodos, a fim de preservar o que já conhecem e sabem o que funciona.
Com a rede, essa percepção durou por ainda mais tempo, mas começamos este ano já com uma visão clara de que o movimento das redes abertas e virtualizadas já está em curso e seus benefícios viram para ficar e democratizar suas aplicações e usos.