Vero planeja dobrar participação do B2B na receita em cinco anos

Começando por Belo Horizonte e Goiânia, empresa acredita que entrada nas capitais deve impulsionar braço de serviços corporativos; pequenos negócios são os principais alvos
Vero planeja escalar operações B2B com a entrada em capitais
José Carlos Rocha, diretor executivo de Marketing e Vendas da Vero, em evento em BH; escalada do B2B está nos planos (crédito: Vero)

Ainda colhendo os frutos da fusão com a Americanet, a Vero planeja aproveitar o início das operações em capitais para ampliar consideravelmente as receitas no mercado corporativo. A expectativa da empresa é dobrar a participação do B2B no faturamento em cinco anos.

Atualmente, a Vero conta com mais de 70 mil clientes empresariais, que representam 14% da receita do provedor – ou seja, numa base anualizada, cerca de R$ 224 milhões, para um faturamento total de R$ 1,6 bilhão.

“A gente imagina que esse negócio [B2B], num horizonte de cinco anos, dê para crescer dobrando de tamanho”, afirmou o CEO, Fabiano Ferreira, em conversa com jornalistas no evento de lançamento das operações em Belo Horizonte, nesta terça-feira, 3.

Ferreira destacou que, diferentemente do varejo, a competição no segmento corporativo “é menor, porque os provedores desenvolveram suas ofertas para o mercado residencial”. Além disso, para reforçar o B2B, a empresa está ampliando a equipe comercial, especialmente em Minas Gerais.

“São as micro, pequenas e médias empresas que movimentam a economia. É nesse segmento que achamos que podemos ter um grande sucesso”, afirmou Ferreira.

Ampliação de mercado

José Carlos Rocha, diretor executivo de Marketing e Vendas da Vero, ressaltou que, antes da fusão com a Americanet, a empresa não tinha dois dígitos de receita com B2B. Já a Americanet tinha mais capilaridade nesse mercado.

Agora o objetivo da companhia é tornar o braço corporativo, o Vero Empresas, em um “one-stop-tech”, oferecendo soluções como LAN to LAN, MPLS, SD-Wan, PABX virtual, HaaS (hardware as a service), SaaS (software as a service), celular e banda larga, entre outros serviços.

“No interior, o comércio e os serviços são importantes. Nas capitais, existe tudo isso mais as indústrias e grandes prestadores de serviços. Essa evolução de proposta de valor B2B veio da sinergia da Vero com a Americanet – e nas capitais é ainda mais latente”, destacou Rocha.

O diretor informou que, nas operações no interior do País, o provedor conta com empresas como Hermes Pardini, Localiza, Banco Mercantil, Outback, Leroy Merlin e Klabin na base B2B. A expectativa é estender os acordos comerciais conforme a Vero ativa as suas redes nas capitais.

(O jornalista viajou a Belo Horizonte a convite da Vero)

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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