Vero emite R$ 600 milhões em debêntures e investe em rede

Oferta é destinada a investidores qualificados e pode ser acrescida por mais R$ 125 milhões; títulos têm prazo de sete anos, com vencimento em 15 de março de 2031
Vero emite R$ 600 milhões em debêntures para financiar construção de rede
Vero quer estender rede para mais 333 cidades com recursos de debêntures incentivadas (crédito: Freepik)

A Vero anunciou ao mercado uma modificação em sua oferta de debêntures incentivadas. O provedor, em linhas gerais, ampliou o montante que planeja captar de R$ 400 milhões para R$ 600 milhões. Conforme o prospecto apresentado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a data da emissão é esta sexta-feira, 15. Os recursos serão dedicados à ampliação da infraestrutura de telecomunicações – saiba mais abaixo.

A oferta é destinada exclusivamente a investidores qualificados (profissionais, clubes de investimentos, pessoas naturais certificadas e cidadãos e empresas com mais de R$ 1 milhão em investimentos).

Ao todo, serão emitidas 600 mil debêntures simples, não conversíveis em ações, em até duas séries – cada título tem o valor unitário de R$ 1 mil.

A Vero indica que a distribuição também poderá ser feita em caráter parcial, respeitando o valor mínimo de R$ 400 milhões. Além disso, a oferta conta com a opção de lote adicional, limitado ao percentual máximo de 20,83%, o que representa uma adição de 125 mil debêntures (ou R$ 125 milhões, totalizando R$ 725 milhões).

As debêntures têm prazo de sete anos, vencendo em 15 de março de 2031. O provedor planeja pagar, no caso dos títulos da primeira série, 8,25% ao ano ou o equivalente ao Tesouro IPCA+ com juros semestrais mais 3,05% ao ano. No caso da segunda série, a remuneração prevista é de 13% ao ano ou percentual equivalente à taxa DI mais sobretaxa de 3% ao ano.

A operação tem o BTG Pactual como coordenador líder. Santander, Itaú BBA, XP Investimentos, UBS Brasil e ABC Brasil atuam como coordenadores.

Destinação dos recursos

De acordo com a Vero, que no fim do ano passado anunciou a finalização do processo de fusão com a Americanet, os recursos serão destinados à ampliação da infraestrutura de telecomunicações em 333 novas cidades espalhadas pelos estados de Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

“Os investimentos previstos no projeto são voltados para a implantação de redes de transporte e infraestrutura de rede para telecomunicações”, assegura o provedor.

A iniciativa de expansão da infraestrutura tem previsão de conclusão em dezembro de 2026. Ao todo, o projeto é orçado em R$ 1,1 bilhão. Além das debêntures, a empresa usará recursos próprios ou tomados no mercado financeiro ou de capitais, tanto no Brasil como no exterior, para concluir o planejamento.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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