Verizon avalia consequências do vazamento de informações do Yahoo!
A operadora, que anunciou em julho a compra da operação do Yahoo por US$ 4,86 bilhões a ser concluída em 2017, só foi informada recentemente que os dados de 500 milhões de contas de usuários da rede da empresa foram roubados por hackers em 2014. A notícia do vazamento foi comunicada ao mercado pelo Yahoo!na quinta-feira (22).
Também em comunicado ao mercado, na noite do mesmo dia, a Verizon disse que “ainda dispõe de poucas informações para avaliar o impacto [do anúncio]”. Causou estranheza aos analistas do mercado de internet que, durante a due dilligence para a avaliação da compra, o vazamento das informações em nenhum momento tenha sido mencionado pela equipe do Yahoo. E a pergunta agora é: o negócio seguirá adiante?
Provavelmente sim, apostam alguns analistas, pois, ao propor a compra do Yahoo!– a operação e não os ativos –, o objetivo da Verizon é juntar esta operação à do AOL, que adquiriu em 2015 por US$ 4,4 bilhões e assim constituir a segunda maior empresa de publicidade digital, capaz de disputar espaço de mercado com Google e Yahoo. Mais: com isso, a Verizon se transformaria em uma companhia de mídia móvel global.
O vazamento
Ao informar o vazamento dos dados de pelo menos 500 milhões de contas de usuários no final de 2014, o Yahoo! diz que o ataque foi cometido por um hacker patrocinado por um governo e que não há mais evidências de que ele se encontre na rede. Foram roubados nomes, endereços de e-mails, endereços, números de telefones, datas de nascimento, senhas criptografadas e, em alguns casos, perguntas e respostas de senhas encriptadas ou desincriptografadas.
De acordo com a empresa, entre as informações vazadas não estavam senhas desprotegidas, informações bancárias e de cartões de créditos, pois estas informações não estariam armazenadas no sistema que foi atacado.
O Yahoo! diz que está informando os usuários potencialmente afetados para que tomem medidas para aumentar a segurança de suas contas, trocando as senhas e alterando as perguntas de segurança descriptografadas, entre outras medidas. (Com noticiário internacional)