Vendas no varejo sobem 0,9% em abril, 4º alta seguida

O comércio varejista está 4,0% acima do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020. Porém, entre as atividades está desigual, aponta IBGE.
Vendas no varejo sobem 0,9% em abril, 4º alta seguida- Crédito: Freepik
Crédito: Freepik

As vendas no varejo brasileiro registraram alta de 0,9% em abril na comparação com o mês anterior, resultado acima do esperado com o quarto mês seguido de alta, embora o ritmo venha enfraquecendo. Além de apresentarem crescimento de 4,5% em relação a abril do ano passado, conforme divulgado nesta sexta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os resultados do levantamento do IBGE ficaram acima das expectativas da Reuters, de avanço de 0,4% na base mensal e de 2,6% na comparação anual. Porém, as vendas perdem força, depois de ganhos de 2,4% em janeiro e de 1,4% tanto em fevereiro quanto em março.

“O crescimento é consistente, porém desigual. Como um todo, o comércio varejista está 4,0% acima do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020. Mas entre as atividades está desigual”, explicou Cristiano Santos, gerente da pesquisa.

Embora a inflação elevada no país venha corroendo a confiança e a renda do consumidor, em um ambiente de juros altos, ao mesmo tempo o setor varejista conta com o impulso recente de medidas de estímulo do governo com a liberação de FGTS e o Auxílio Brasil –que segundo Santos ajudam o comércio a ficar no terreno positivo.

“Essa perda de força denota cenário com elementos que trazem impacto negativo como inflação mais elevada. O apetite para consumo das famílias é afetado também pelos juros mais elevados e ainda tem um delimitador das vendas que é o crédito mais caro para o consumidor”, completou Santos.

Entre as oito atividades pesquisadas, metade registraram aumento no volume de vendas em abril: móveis e eletrodomésticos (2,3%); tecidos, vestuário e calçados (1,7%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,4%); e outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,1%).

As perdas aconteceram em combustíveis e lubrificantes (-0,1%), hiper, supermercados, produtos alimentícios; bebidas e fumo (-1,1%); livros, jornais, revistas e papelaria (-5,6%); e equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-6,7).

No comércio varejista ampliado, o volume de vendas apresentou aumento de 0,7% frente a março, embora tanto Veículos, motos, partes e peças (-0,2%) quanto Material de Construção (-2,0%) tenham registrado perdas.

(Com Reuters)

Avatar photo

Redação DMI

Artigos: 1900