Venda conjugada de serviços cresce quase 30% com unificação da marca Claro

A integração da marca NET à Claro, última etapa de um processo iniciado há três anos, gerou, no primeiro mês, resultados maiores do que os projetados, afirmou o CEO da Claro Brasil.

Concluído o primeiro mês da incorporação da marca NET à Claro, a empresa começa a apurar os primeiros resultados.  E eles foram melhores do que o projetado, afirma o CEO da Claro Brasil, José Félix. ” Não esperávamos um aumento de venda tão violento como ocorreu com o multiple play”, comemorou.

Segundo ele, nesse primeiro mês a Claro registrou incremento de quase 30% na venda conjugada de serviços. ” Quem era cliente  Claro passou a comprar mais entre 20% a 30% de um mês para outro. E os canais  NET começaram a vender mais Claro. A venda conjugada, importante para nós, na qual acreditamos, cresceu muito acima da expectativa”, disse ele. A Claro vai esperar mais alguns meses para analisar por todos os  outros ângulos os impactos dessa unificação, que foi implementada depois de muita pesquisa para entender as reações comportamentais dos clientes.

A unificação das marcas é a última fase da estratégia de integração das três companhias – Claro, NET e Embratel – iniciada há três anos, lembra o executivo. “Tínhamos muita preocupação para conduzir corretamente esse processo, pois sabíamos que, em geral, as empresas quando promovem fusões e aquisição perdem em alguma ponta, seja no resultado, seja no financeiro, seja nos números físicos”, explicou.

Para evitar que essa máxima se confirmasse, o grupo iniciou a integração pelas estruturas internas como engenharia, tecnologia da informação, jurídica, financeira, atendimento. ” Depois de terminada todas essas etapas, precisávamos partir para a integração das marcas”, assinalou.

Segundo Félix, embora o grupo  tivesse conhecimento de  que a percepção das pessoas em relação às marcas Claro e NET era bem diferente, sabia também que eram os únicos do mercado com duas caras. “Estava patente que ter duas marcas em um negócio de tão baixa margem como telecomunicações, era difícil de manter”, completa. E essa dificuldade, apontou, residia no fato de que a operadora acabava aplicando muito mais dinheiro na publicidade entre as duas marcas, enquanto as operadoras concorrentes não precisam dividir seus recursos. “É uma diferença enorme, porque a gente gastava muito mais com exposição de marca, e tínhamos metade dessa exposição”, explicou.

Outro motivo para a operadora implementar  a transição, afirmou, estava no fato de que  a equipe já tinha suficiente maturidade interna para fazer esse movimento. ” Aproximamos, assim,  os atributos todos  para que as marcas convergissem”, concluiu.

 

 

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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