Valor das criptomoedas derrete no mercado mundial
O valor das criptomoedas mantém o ritmo de queda nesta quinta-feira, 12, com o Bitcoin caindo para seus níveis mais baixos em 16 meses.
O último golpe para o Bitcoin e seu rival menor Ether, da rede Ethereum, que perdeu mais da metade de seu valor de mercado neste ano, cotado a US$ 2.337, veio de um colapso esta semana no TerraUSD, também uma das maiores criptomoedas do mundo.
O Bitcoin caiu para US$ 25.401,05, seu nível mais baixo desde 28 de dezembro de 2020. De um pico de US$ 69.000 em novembro de 2021, perdeu quase dois terços de seu valor.
O TerraUSD, também conhecido como “UST”, caiu abaixo de sua indexação de 1:1 ao dólar esta semana, agitando os mercados de criptomoedas já sob pressão ao lado dos mercados de ações em queda.
Nesta quinta-feira, o TerraUSD foi cotado em torno de 50 centavos, de acordo com dados de preços da CoinGecko.
Os números negativos atingem todas as 20 maiores criptomoedas do mundo por valor de mercado, com quedas que superam os 20% nas últimas 24 horas em ativos como SOL, AVAX, DOGE, SHIB e MATIC e acima de 10% na maioria dos demais.
As causas para a queda do mercado cripto passam por uma série de fatores, que incluem os contextos de guerra na Ucrânia, nova onda de covid-19 na China e, principalmente, políticas econômicas de grandes economias como os EUA, onde a inflação bate seguidos recordes e a taxa de juros sobe para os maiores patamares dos últimos anos, provocando uma fuga de capital dos mercados de risco.
Apesar do pessimismo ainda tomar conta do mercado cripto, a recuperação vista nas bolsas de valores pode ter reflexos no setor, já que ambos ainda apresentam forte correlação – em especial a Nasdaq, ligada às empresas de tecnologia.
Coinbase
Na última terça-feira, 10, a Coinbase, uma das maiores exchanges de criptomoedas do mundo, enviou um extenso documento para a Comissão de Valores Mobiliários americana. No documento, que tem como nome “Formulário 10-Q”, o que mais chama a atenção é a mudança na política da empresa.
De acordo com o relatório, os fundos dos seus clientes não os mais pertencerão em caso de falência da exchange. Ou seja, o documento afirma que “seu dinheiro não é seu”.
As ações da Coinbase têm apresentado uma queda que soma 80% desde seu IPO em abril de 2021. Assim, esta mudança de termos pode afastar ainda mais clientes e contribuir para que as ações caiam ainda mais.
Uma das frases que mais chamou a atenção dos usuários do mercado está relacionada ao controle do seu dinheiro. “Not your keys, not your coins”, ou seja, as chaves não são suas, as moedas não são suas.
O documento gerou muito barulho nas redes sociais, o que levou Brian Armstrong, fundador da Coinbase, a se pronunciar. Para tentar amenizar o caso, Armstrong afirmou que os fundos dos clientes estão a salvo, como sempre estiveram.
Ele ainda afirmou que a empresa não corre risco de ir à falência e que isso seria algo totalmente inesperado.
(com agências internacionais)