V.tal lança serviços de fibra até a torre e de conexão entre PoPs

Novos serviços da V.tal miram demanda futura por redes ópticas para escoamento do tráfego gerado pelo 5G
Pedro Luiz Arakawa | COO V.tal, quer muitos âncoras na rede da empresa Crédito: Renata Mello
Pedro Luiz Arakawa | COO da V.tal (Crédito: Renata Mello/Divulgação)

A detentora de rede neutra V.tal anunciou hoje, 14, dois novos serviços voltados para as operadoras móveis e empresas donas de torres de telefonia móvel.

O FTTTower (sigla em inglês para “fibra até a torre”) conecta as torres e as antenas de telefonia celular entre uma localidade até os Pontos de Presença (PoPs) das operadoras daquela área, por meio do backhaul de fibra óptica da V.tal em um mesmo município.

Já o FTTCity (sigla em inglês para “fibra até a cidade”) faz a conectividade entre as localidades e os Pontos de Presença (POPs) que estejam em outros municípios, inter ou intraestadual. Neste caso, utilizando trechos de seu backbone e de toda a rede de fibra disponível e exigida para esta conexão.

Os novos produtos serão instalados a partir da demanda de cada cliente.

A V.tal aposta que haverá forte demanda em função da chegada do 5G ao país. A quinta geração de telefonia móvel exigirá mais das redes fixas, por gera maior tráfego de rede. Com uma quase 400 mil km de fibra óptica implantada em 2.300 cidades, a empresa se posiciona como habilitadora dessa cobertura.

“Já estamos em negociação com algumas empresas e com pilotos das duas novas soluções rodando praticamente em todas as regiões do Brasil”, afirma Pedro Arakawa, CCO da V.tal.

Além da capacidade de rede reforçada, a 5G demandará de 5 a 10 vezes mais antenas das operadoras móveis, que precisarão conectar suas estações à rede de fibra. Atualmente, a V.tal já conecta cerca de 20% das 96 mil antenas em uso no país, segundo dados da Anatel de dezembro de 2021.

A V.tal foi criada ano passado, a partir da cisão dos ativos de fibra óptica do grupo Oi. A rede que era da Oi foi convertida em empresa independente, como parte de um longo processo de recuperação judicial. Essa unidade segregada teve então o controle vendido a fundos financeiros e à Globenet (do banco BTG Pactual).

O Cade já autorizou a venda. Em sessão extraordinária marcada para hoje à noite, o Conselho Diretor da Anatel deverá decidir também se autoriza ou não a transação, que resultará em caixa extra de R$ 12,7 bilhões à Oi.

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Da Redação

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