Unifique pede registro de IPO na CVM
A Unifique, operadora de telecomunicações com sede em Santa Catarina, pediu registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no Brasil e no exterior. O processo será coordenado pela XP Investimentos, BTG Pactual e Itaú BBA. Os destaques dos números da empresa são: possui 318 mil clientes em 31 de março deste ano; R$ 51 milhões de EBITDA no 1o.tri 2021; e R$ 113,80 de ticket médio no varejo.
O objetivo é obter recursos para suportar o crescimento da companhia, por meio de expansão orgânica (40%), aquisição de outros provedores (40%) e outros investimentos (20%). Em março deste ano, por exemplo, a Unifique adquiriu a Naja Serviços e Soluções em Tecnologia, passando a atuar também no Rio Grande do Sul.
Com a compra, a Unifique totalizou, em 31 de março de 2021, 318 mil acessos em mais de 122 municípios em Santa Catarina e mais de 5 municípios no Paraná e um no Rio Grande do Sul. Cobre mais de 1 milhão de residências e possui mais de 18 mil km de rede de fibra óptica. De acordo com dados da Anatel, a companhia lidera o mercado de banda larga fixa em Santa Catarina, com 24,7% de participação.
Segundo dados da Unifique, a receita operacional líquida da companhia totalizou R$ 286 milhões no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2020, que representa um incremento de 75% em relação ao exercício social anterior. Do ponto de vista de margens, a Unifique declarou que obteve uma margem EBITDA média de aproximadamente 52% entre 2018 e 2020, e uma margem líquida média de aproximadamente 22% no mesmo período. Isso se deu em grande parte por conta da capacidade de manter a margem bruta em patamares elevados (média de aproximadamente 54% no período).
“A qualidade dos resultados foi comprovada por retornos elevados, com média do ROIC (a média do retorno do capital investido da companhia) de 38% no período”, sustenta a operadora. A empresa está sendo assessorada na operação pela consultoria Brasa Capital.