Transformação digital terá R$ 144 bi de recursos públicos e privados

O programa prevê injeção de recursos públicos e privados para transformação digital no valor de R$ 144 bilhões até o ano de 2027
recursos públicos e privados Foto: Freepik
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O governo lançou hoje a missão 4 da Nova Indústria Brasil (NIB) que prevê injeção de recursos públicos e privados para transformação digital do setor produtivo no valor de R$ 144 bilhões até o ano de 2027. Desse montante, R$ 58,7 bilhões serão  recursos públicos assegurados por diferentes leis (os incentivos da Lei de TICs estão aqui contabilizados nessa conta) e bancos de fomento público –  BNDES, Finep e Embrapii –

Dos investimentos privados, foram anunciados compromissos das empresas que participam da Abinee (eletroeletrônico), de R$ 34,8 bilhões; Abisemi (semicondutores), de R$ 24,8 bilhões; P&D Brasil (que reúne a indústria nacional de TIC), de R$ 16 bilhões, e investimentos da AWS, que se comprometeu a injetar novos R$ 10,1 bilhões em data centers.

Outros recursos públicos

Além desses recursos  o governo acrescentou ainda outros R$ 42,2 bilhões que já foram alocados em projetos para a indústria digital, chegando ao valor anunciado de R$ 186,6 bilhões.

Segundo o vice-presidente Geraldo Alckmin, a missão 4 tem como desafio fortalecer as cadeias produtivas de semicondutores, robôs industriais e produtos e serviços avançados. Os primeiros investimentos serão direcionados à fabricação de chips, fibras ópticas e robôs, instalação de datacenters e computação em nuvem, otimização de processos industriais, telecomunicação, eletromobilidade, desenvolvimento de softwares e implantação de redes de infraestrutura.

Uma das metas dessa política industrial é ampliar a transformação digital nas empresas. Conforme os dados do Mdic, apenas 19% das empresas brasileiras estão digitalizadas e a meta é que em 2026 essa taxa suba para 25% das empresas de todo o país.

PIB

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por sua vez, anunciou que o crescimento do PIB brasileiro não será inferior a 3% este ano.  “Já contratamos o crescimento de 3%”, afirmou. Segundo ele, a pasta trabalha em três camadas para a economia funcionar: a macroeconomia, que ainda exige muito esforço para organizar as contas públicas; a segunda camada são reformas para alterar a intermediação financeira do brasileiro; e a terceira camada é a setorial, que leva em conta as especificidades de cada setor.

” A Fazenda está aberta a propostas de interesse do país, como esses iniciativas da transformação digital e Lei de TICs, que estimulam os investimentos produtivos. Mas somos contra o desperdício”, afirmou.

A ministra Luciana Santos, da Ciência, Tecnologia e Inovação, disse que a estimativa de investimentos em P&D, com a renovação da Lei de TICs, é de R$ 4 bilhões por ano.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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