TP-Link abrirá fábrica no Brasil e vai produzir aqui WIFI 7

Em novembro, irá inaugurar a sua fábrica em Joinville, Santa Catarina, com a previsão de contratação de mil trabalhadores. A produção atenderá o mercado brasileiro e da América Latina.
Primeira fábrica TP-Link no Brasil

A fabricante TP-Link, há 10 anos no mercado brasileiro, dá um passo significativo para fincar raízes no país e região. Em novembro, irá inaugurar a sua fábrica em Joinville, Santa Catarina, com a previsão de contratação de mil trabalhadores. Entre os equipamentos que sairão das linhas de montagem das novas instalações estão os equipamentos WiFi 7.

Segundo Philipe Augusto Pereira, gerente de Desenvolvimento de Novos Negócios da TP-Link, a decisão da matriz chinesa em iniciar a produção aqui se deve à necessidade de baratear os preços desse equipamento frente aos importados. Essa estratégia foi apresentada semana passada pela empresa a dirigentes da Anatel, em reunião que contou também com a presença de diretores das associações de provedores regionais, como Abramulti, Associação Neo, e Abrint.

” Pretendemos fabricar três modelos da CPE do WiFi 7 aqui no Brasil, e acreditamos que, em cinco anos,  o WiFi 7 será mais relevante do que a tecnologia WiFi 5″, afirmou Pereira. A fábrica vai produzir diferentes equipamentos da marca, cumprindo o PPB (Processo Produtivo Básico) previsto na Lei de Informática nacional, e estará voltada para atender todo o mercado da América Latina.

Faixa de 6 GHz

Conforme o executivo, a TP-Link aposta na nova versão porque é mais robusta, e a tecnologia está desenvolvida para ocupar todos os 1.200 MHz da faixa de 6GHz, cuja decisão está sob escrutínio da Anatel. ” O WiFi 7 é triband -usa as duas faixas já destinadas para o serviço não-licenciado, e mais a nova faixa de 6GHz”, explica.

“Indagados pela Anatel durante a reunião sobre os planos da agência de reduzir a banda de 6 GHz para 5.925-6.425 GHz dissemos que essa medida poderá impactar a competitividade do Wi-Fi 7 e, por consequência, reduzir a inclusão digital no Brasil, dado que 93% das pessoas usam smartphones via Wi-Fi”, disse Pereira.

A empresa também mostrou-se preocupada com as alterações promovidas pela agência no processo de certificação de equipamentos, após a aprovação da lei Segurança Cibernética: A nova legislação de segurança cibernética traz desafios significativos. O número limitado de laboratórios tem elevado drasticamente o custo da certificação. E o prazo para a certificação, que antes era de um mês, tem se prorrogado para mais de três meses”, assinalou.

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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