TIM Itália fecha 2021 com prejuízo de € 8,6 bilhões
A TIM Itália terminou 2021 com um prejuízo de 8,6 bilhões de euros. Este foi o resultado líquido atribuível aos acionistas e, segundo a empresa, “foi impactado pela redução do valor recuperável do ágio doméstico de 4,1 bilhões de euros e pela baixa, por 3,8 bilhões de euros, pela Controladora TIM S.p.A., dos ativos fiscais diferidos”.
A receita de 2021 foi de 15,3 bilhões de euros, uma queda de -1,9% em relação ao ano anterior, quando obteve 15,8 bilhões. Em 2020, a empresa aderiu a programa do governo local de financiamento da banda larga.
De acordo com os resultados divulgados pela empresa nesta quinta, 3, outra queda da TIM Itália, em 2021, foi o EBITDA orgânico. Caiu para 6,2 bilhões de euros, -9,6% a menos que no ano anterior.
A TIM considera que esta queda aconteceu “devido à pressão competitiva, atraso no esquema de vouchers e custos de start-up para empresas digitais”.
A dívida financeira líquida em 31 de dezembro de 2021 era de 22,2 bilhões de euros (17,6 bilhões de euros em pós-locação), uma queda de 1,1 bilhão de euros em relação ao exercício anterior.
Já a dívida financeira líquida após locação ficou em 17,6 bilhões de euros, queda de 1 bilhão, “apesar do aumento de 14,1% no investimento, em 2021, para acelerar a implantação de fibra, nuvem e streaming de futebol”.
A Autoridade da Concorrência Italiana (The Italian Competition Authority) aprovou compromissos relativos aos acordos entre a TIM, KKR e Fastweb para a criação da FiberCop, que em 2021 aumentou a cobertura de FTTH em 36%. O Grupo TIM levou banda larga para cerca de 94% das linhas fixas.
A operadora conclui que “todos os objetivos ESG foram atendidos” e pontua que obteve melhora do churn para fixos e móveis. Também observa que receita e EBITDA da TIM Brasil cresceram “e em linha com as metas”.
Quarto trimestre
Sobre seu desempenho relativo ao quarto trimestre de 2021, a TIM Itália diz que o churn continuou a melhorar tanto no fixo (3,5%) como no móvel (3,6%), “estabilizando no nível mais baixo dos últimos 14 anos”.
No móvel, o desempenho das linhas totais (30,5 milhões) e o ARPU mantiveram-se estáveis, o que, segundo a opeadora, significa “uma fase de regresso parcial à racionalidade do mercado, também visível no abrandamento dos fluxos de clientes entre operadoras”.
No fixo, o desempenho das linhas totais desacelerou no trimestre (-82 mil em relação ao trimestre anterior). Isso ocorreu “também devido ao término da primeira fase do programa de vouchers e ao atraso no lançamento da segunda fase”.
A TIM diz que, no entanto, a satisfação do cliente melhorou 4,1 pontos percentuais. “O ARPU dos clientes consumidores caiu devido ao aumento da pressão competitiva.”
O segmento de ultra banda larga ultrapassou pela primeira vez 10 milhões de linhas (varejo e atacado), com um aumento no trimestre de 300 mil linhas (em relação ao trimestre anterior).