TIM amplia refarming da 1,8 GHz no Rio e interior de SP

A TIM está acelerando a implantação da rede 4G em 700 MHz e, em muitas cidades onde a banda larga fixa é deficiente, está substituindo o WiFi. E em lugares de alta concentração, como o Rio e interior de São Paulo, está priorizando a comunicação de dados na frequência que antes era para a 2G
O CTO da TIM Brasil, Leonardo Capdeville
O CTO da TIM Brasil, Leonardo Capdeville

A TIM está não só acelerando a implantação da rede 4G em 700 MHz. Está também ampliando o refarming de sua frequência de 1,8 GHz, passando a destinar 15 MHz dos 20 MHz que possui em vários estados exclusivamente para a comunicação de dados. Tudo isso, explica  Leonardo Capdeville, CTO da TIM Brasil, para dar mais “qualidade e mais capacidade de comunicação” para o cliente. A ampliação da largura de frequência para receber a comunicação de dados já ocorreu no interior de São Paulo e será concluída também no Rio de Janeiro ainda este mês.

A velocidade com que a empresa está lançando a rede de 4G pelo Brasil afora – no mês passado, conforme o executivo, foram acesas 350 cidades- se justifica pelos bons resultados que já estão sendo computados aonde a 4G na faixa de 700 MHz está implementada. Conforme Capdville, nas cidades nordestinas, por exemplo, onde a banda larga fixa não consegue entregar velocidades muito altas, a solução da operadora de celular está sendo usada como a opção do usuário para o acesso a internet dentro de casa, em substituição ao WiFi.

“Em Fortaleza, por exemplo, vamos sair de uma cobertura indoor de 50% para 98% até o final do mês. As pessoas estão começando a desligar o WiFi para ir para a rede de dados 4G. Por qualidade, não é mais por comodidade”, afirma.

VoLTE

E como parte de sua estratégia de acelerar o uso intensivo da comunicação de dados, a operadora se prepara para lançar em breve a voz sobre a tecnologia LTE, ou seja, a  VoLTE, a voz transformada em bits. Conforme Capdeville, hoje no Brasil 36% dos terminais 4G já têm capacidade para fazer voz sobre LTE. E a robustez da tecnologia permite ainda que o serviço não tenha quase mais problema de queda de ligação. ” Enquanto se tem queda de chamada da ordem de 1% nas tecnologias 2G e 3G, no VoLTE isso cai para 0,2%”, afirmou.

” Agora, para a tecnologia funcionar bem, tem que ter a continuidade da cobertura. E a VoLTE se encaixa com a nossa estratégia do 700 MHz, pois o 700 que tem essa continuidade de cobertura. Ou seja, a experiência para o cliente vai ser melhor”, assegura.

 

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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