TICs contratam 2,5 vezes mais que em 2020
Um levantamento da Brasscom indica que nos oito primeiros meses de 2021 foram criados 147 mil novos postos de trabalho em Tecnologia da Informação e Comunicação. Isso significa que neste ano, até o momento, o setor contratou 2,5 vezes mais que em 2020 inteiro.
É um aumento de 149% em relação ao total de postos de trabalho criados em todo o ano passado (59 mil), indicado no relatório mensal “Monitor de Empregos e Salários”.
O relatório mostra ainda que, na comparação direta entre os meses, o crescimento também é significativo. Em agosto de 2020 foram 13.482 novos postos, enquanto em agosto deste ano, 20.880.
Numa análise dos números relativos ao total de empregados no macrossetor de TIC do fim do ano passado – cerca de 1,6 milhão de pessoas – com os dados mais recentes, houve uma variação positiva de 9%. A Brasscom pontua que todo o restante da economia brasileira, no período, registrou um crescimento de vagas ocupadas bem mais tímido: 4,6%.
Capacitação e preocupação
Apesar da positividade desses dados do setor de TIC, a Brasscom acredita que isso aponte para desafios que o país precisa transpor a curto e médio prazo. Um deles é a atração e capacitação de talentos na área. Dados da associação apontam para a formação de apenas 46 mil profissionais com perfil tecnológico, a cada ano, no país.
Outra preocupação das empresas de tecnologia é a possibilidade de não prorrogação da desoneração da folha de pagamento – com encerramento previsto ao fim deste ano.
“Trata-se de uma política estruturante e que tem se mostrado essencial para a manutenção e geração de novos empregos em diversos setores, incluindo o de Tecnologia da Informação”, diz o presidente executivo da Brasscom, Sergio Paulo Gallindo.
A manutenção da política da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB), conhecida como “desoneração da folha”, tramita na Câmara dos Deputados através do Projeto de Lei 2541/2021, de autoria do deputado federal Efraim Filho (DEM-PB). A medida foi aprovada por unanimidade pela Comissão de Finanças e Tributação e aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).