Teles precisam investir em suas próprias redes, diz VP da Cisco para América Latina
Cancún — O compartilhamento não deve tirar o foco das operadoras de telecom de terem suas próprias redes. Na avaliação de Jordi Botifoll, vice-presidente da Cisco para a América Latina, qualquer país tende a ganhar quando os provedores de serviços investem em infraestrutura. “Se existem sete operadoras e toda possuem redes de banda larga, isso é bom para todos”, ressaltou.
Para o executivo, esse tipo de investimento se tornará crucial à medida que vem aumentando a demanda por tráfego e há estimativas de que em 2020 serão 40 bilhões de dispositivos conectados nessas redes. O vice-presidente da empresa cita como exemplo o desestímulo na Europa para que os recursos das operadoras fossem destinados a suas próprias redes, uma medida que se tornou pouco efetiva e foi modificada posteriormente para que os investimentos em infraestrutura retornassem.
Para a vice-presidente de iniciativas de crescimento, Ruba Borno, as redes deveriam ter um papel importante a ser considerado na elaboração de políticas púbicas. Inclusive pelo seu papel em missões críticas, como foi o caso de Porto Rico e do México. “Um CIO de Porto Rico nos agradeceu pelo suporte que demos com nossa infraestrutura para recuperação de desastres”, afirmou.
Alisson Gleeson, vice-presidente de vendas para as Américas, destacou que há também outro ponto importante nesse momento para as companhias em geral, que é a necessidade de entender a jornada do cliente, uma questão que vai envolver diversas tecnologias de apoio, como o uso de analíticos. Para se posicionar frente aos desafios, a própria Cisco vive um processo de transformação que se reflete em seu ecossistema de parceiros, clientes e colaboradores.
Os executivos estiveram presentes no Cisco Live LA que se realiza em Cancún