Telefônica Vivo descarta interesse pela Nextel

O CEO da Telefônica Vivo, Christian Gebara, afirmou que a empresa pretende focar no "crescimento orgânico" e não através de aquisição de ativos.

O CEO da Telefônica Vivo,  Christian Gebara, em conferência com os analistas para a divulgação do resultados de 2018, hoje, 20, afirmou que a empresa pretende manter o seu crescimento no mercado brasileiro de maneira orgânica. ” Tivemos uma atuação bem ativa nos últimos leilões [de frequências] e começamos a usar a rede de 700 MHz, que possibilita a tecnologia 4,5 G. Manteremos o foco no crescimento orgânico”, afirmou ele.

Embora ressalte que não seja o senhor da decisão (que caberá à agência reguladora), Gebara disse ainda não acreditar que o leilão de frequência da 5G será realizado este ano. (Ontem, o presidente da Anatel, Leonardo de Morais, confirmou em seminário em Brasília que o edital só será publicado no primeiro trimestre de 2020)

O executivo ressaltou que há ainda muito campo para a tecnologia 4G e 4,5G crescer no país, e, embora a empresa esteja preparando a rede para a 5G, essa tecnologia não será realidade no cenário nacional este ano. “A base de aparelhos 4G ainda é de 65%”, ressaltou.

Gebara afirmou que a empresa irá manter as projeções de Capex (investimentos) de três anos (2018 a 2020), no valor total de R$ 26,5 bilhões, e que os recursos continuarão direcionados para a expansão das redes de FTTH (fibra óptica até a casa) e de 4G e 4,5 no celular.

No ano passado, disse, a empresa bateu a própria meta e lançou o FTTH em 30 novas cidades. Fechou o ano com mais cidades com o FTTH – 121- do que com FTTC (que era a opção da GVT), que tem hoje 120 cidades com essa tecnologia.

Na telefonia móvel, assinalou ele durante a conferência,  a receita do pós-pago cresceu 5,3% ano-a-ano e o pré-pago começou a dar os primeiros sinais de recuperação, com maior volume de adições brutas no último trimestre do ano.

O presidente da Telefônica Vivo no Brasil está otimista com o desempenho da economia brasileira este ano, e acredita que, se isso ocorrer, haverá potencial para maior crescimento da receita líquida da empresa, que no ano passado ficou praticamente estável, com aumento de 0,5%.

 

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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