Lucro da Telefônica cai 70%, devido a imposto, mas receita é a maior de três anos
A Telefônica Vivo anunciou hoje, 4 de novembro o resultado operacional do 3T19. No período, a empresa apresentou o maior crescimento de receita líquida dos últimos três anos – de R$ 11 bilhões, crescimento de 2,6% em relação ao 3T19. No acumulado do ano, as receitas somam R$ 32,891 bilhões. O lucro líquido, porém, caiu 70% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 965,11 milhões, frente a R$ 1,38 bilhão do mesmo período do ano passado.
A razão para essa grande diferença, explica a empresa, deve-se ao ganhos não recorrentes nos nove primeiros meses de 2018, ocorridos devido à decisão do STJ relativa ao pagamento de PIS/Cofins sobre o ICMS, que na época teve impacto positivo de R$ 1,3 bilhão. Nos nove primeiros meses do ano, a operadora registou lucro líquido de R$ 3,726 bilhões contra lucros não recorrentes de R$ 7,441 bilhões de 2018.
O Ebitda (caixa) da empresa recorrente foi de R$ 3,995 bilhões, crescimento de 2,8% frente ao 3T18, com margem de 36,2%. Nos primeiros nove meses do ano, a empresa reportou Ebitda de R$ 11,7 bilhões, crescimento de 2,2% em comparação ao mesmo período de 2019.
Investimentos
A Telefönica Vivo investiu R$ 2,4 bilhões no trimestre – já somando R$ 6,5 bilhões nos nove primeiros meses – , aumento de 6,7% comparado ao mesmo período do ano passado.
Conforme a companhia, o foco dos investimentos está dedicado à expansão da rede de fibra FTTH, com novas 33 cidades no período e na ampliação da cobertura e capacidade da 4,5 G em 1.096 municípios. Segundo o presidente-executivo da Vivo, Christian Gebara, o Vivo Fibra já alcançou 154 cidades.
Ainda conforme o executivo, na telefonia móvel houve uma melhora na tendência do pré-pago e a empresa mantém a liderança no pós-pago. A Vivo fechou o período com 32,3% de participação no mercado, 7,5 pontos percentuais acima do segundo colocado.
A receita líquida do móvel registrou crescimento de 6,6% motivada principalmente pelo crescimento de 5,5% na receita de dados e serviços digitais, que já representam 80% de toda a receita líquida móvel. A Vivo passou a investir também na venda de aparelhos e a receita cresceu 31,5%.
Gebara assinalou que a empresa se mantém na postura de incrementar a proposta de valor e, por isso, torna-se parceira de grandes marcas, como a NBA, a NFL, Amazon Prime, Video, Tidal, Rappi, Netflix, “posicionando a Vivo também como um grande hub de serviços digitais”, completou.