Telefónica adere à regulação da internet, defendida por Berners-Lee

Os Princípios para um Contrato da Web, lançado por Tim Berners Lee em novembro do ano passado, preveem um pacto entre empresas, governos e usuários em torno de questões como neutralidade da rede, respeito à dignidade humana e ao anonimato. Os termos do contrato devem estar definidos até o meio do ano.
(Crédito: Shutterstock/Deformer)

A Telefónica anunciou, na semana passada, que aderiu ao Contrato da Web, lançado no início de novembro de 2018, durante a inauguração do Web Summit, em Lisboa, com o objetivo de construir um pacto entre governos, empresas e usuários para garantir os princípios basilares da internet: neutralidade da rede e seu acesso aberto a todos, respeito à dignidade humana e garantia de anonimato. O Contrato da Web, ou #For the Web, foi lançado por Tim Berners-Lee, fundador da World Wide Web Foundation, que propõe um conjunto de princípios para garantir o funcionamento livre da internet, portanto, uma espécie de regulação da rede que deverá estar concluída até o meio deste ano.

Segundo o comunicado da Telefónica, ela é a primeira empresa de telecomunicações a unir esforços com o Contrato da Web para proteger a internet aberta como um bem público e um direito básico para todos. A operadora se junta a governos, entidades e empresas que já assinaram o Contrato.

Ao lançar a iniciativa, Beners-Lee, que criou a web em 1989, disse que o otimismo com a internet foi prejudicado por abusos de dados pessoais, discursos de ódio online, manipulação política e centralização de poder entre um pequeno grupo de grandes empresas de tecnologia. Para corrigir essas distorções, é que decidiu propor uma regulação da internet. Aqui, os Princípios do Contrato da Web.

A Telefónica informa, em seu comunicado, que já possui várias iniciativas que podem contribuir para o contrato para as metas da web. Por exemplo, juntamente com o Facebook, BID Invest e CAF, a Telefónica acaba de lançar o Internet para Todos Perú, um operador de infraestrutura móvel rural de acesso aberto que visa reduzir o fosso digital na América Latina. Em outra frente, trabalha com uma nova estrutura de ética de dados, que assegure a seus clientes total transparência no trato de seus dados. (Com noticiário internacional)

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Da Redação

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