Telecom Italia será fatiada, diz ministro italiano

Governo e empresa já estariam trabalhando em como criar uma separação em parte da infraestrutura de rede. Objetivo é evitar que estrangeiros controlem a infraestrutura de telecomunicações no país, já que a francesa Vivendi detém o comando da operadora.

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O ministro italiano para o Desenvolvimento Econômico, Carlo Calenda, concedeu entrevista ontem, 8, à Bloomberg no qual disse que a Telecom Italia seria divida. A operadora é a principal fornecedora de serviços móveis, fixos e de atacado em telecomunicações no país.

Segundo ele, a necessidade de divisão era algo que já defendia pessoalmente. No momento, governo e empresa estariam definindo a melhor maneira de fazer esse fatiamento. Eles estariam em conversas para definir “o perímetro da rede, o que não é nada fácil”, afirmou.

O político disse que a divisão da companhia ainda deve demorar para se concretizar, e o plano está sendo elaborado em conjunto com a AGCOM, a agência responsável pelo setor de telecomunicações no país.

Desde que a companhia francesa Vivendi assumiu o controle da Telecom Italia, que é dona da TIM Brasil, o governo italiano pressiona para que haja controle das subsidiárias Sparkle e Telsys. A primeira tem a rede internacional da operadora, e a segunda, fornece criptografia para o Exército. A alegação é de que uma empresa estrangeira estaria com poder sobre infraestrutura estratégica local.

Em outubro, o governo avisou que poderia intervir na Telecom Italia para garantir que a infraestrutura da operadora, principalmente no que tange ao fornecimento de serviços para forças armadas e governo, não fosse controlada pela Vivendi. À época, ameaçou aplicar multa que poderia alcançar € 330 milhões.

O valor, disse Calenda, seria muito alto, e agora o governo procura uma forma de baixá-lo. “Estamos checando se precisamos nos ater estritamente o que está escrito em lei, ou se temos espaço para alterar o valor”, disse. Por fim, o político afirmou que a Telecom Italia teria aceitado a divisão da empresa e que seus executivos já trabalham para coloca-la em prática. (Com agências internacionais)

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Da Redação

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