Telebras quer parceiros para rentabilizar excedente de rede óptica
Em busca de parceiros para rentabilizar ativos excedentes de sua rede óptica no país, a Telebras lançou nesta segunda-feira, 10 de junho, uma RFI (request for information), sob forma de consulta pública. Com isso, pelos próximos 90 anos, a empresa espera receber manifestações de potenciais investidores, parceiros e fornecedores de infraestruturas, capacidades de telecomunicações e soluções satelitais.
De acordo com a estatal, o objetivo é otimizar seus recursos implantados, buscando ganhos de escala para a rede terrestre; fomentar parcerias com provedores (ISPs) locais para redundâncias em relação às redes OPGW; atualizar o NOC/SOC reforçando a cibersegurança; além de manter uma rede neutra.
A Telebras informa que possui um ativo com mais de 30 mil quilômetros de rede óptica, que é relevante para o provimento de Serviços de Comunicação Multimídia (SCM), além do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC).
“A Rede Terrestre da Telebras, auxiliada pelo SGDC, abrangendo todo o território nacional, foi estabelecida para atender a um segmento específico, de interesse de Estado, mas existe potencial de expansão para outros segmentos através de novos modelos de parcerias, uma vez que também é missão da estatal prover infraestrutura e redes de suporte a serviços de telecomunicações”, explica a empresa.
Entre os diversos temas tratados na RFI, os interessados deverão apresentar, por exemplo, informações sobre quais oportunidades de negócio podem ser desenvolvidas considerando o ativo de rede óptica da estatal, além de informações de mercado para corroborar a execução do projeto ou apontar novas direções a serem consideradas.
A RFI também quer levantar opiniões sobre qual o modelo societário. A Telebras apresenta duas possibilidades. Uma delas é a de estruturação de uma empresa coligada de capital fechado, em que a estatal detenha até 49% dos ativos.
Outra possibilidade é de uma estrutura baseada nos princípios de economia compartilhada, em que há a partilha de recursos humanos e infraestruturas, incluindo a criação, produção, distribuição e consumo de bens e serviços em conjunto por diferentes organizações.