Também alvo de especulação, AT&T reitera estratégia para reduzir dívida
O Wall St. Journal publicou nesta semana reportagem segundo a qual a AT&T (dona da Sky Brasil) estaria planejando a separação da DirecTV e até fusão desta unidade com a Dish Network, nos Estados Unidos. Hoje, o veículo norte-americano CNBC publicou notícia afirmando que a operadora não pensa em se desfazer ou segregar a Directv.
Na quarta-feira, 17, o CEO da AT&T, Randall Stephenson, apresentou em evento a investidores, nos Estados Unidos, sua estratégia para desalavancar a companhia. Segundo ele, o grupo vai terminar o cano com a relação dívida/EBITDA ajustado de 2,5x.
Stephenson disse que no primeiro semestre apenas a AT&T reduziu em US$ 9 bilhões seu endividamento, e terminará o ano com redução da dívida líquida de US$ 18 bilhões. Também vai chegar ao fim de dezembro com acréscimo de US$ 2 bilhões no fluxo de caixa.
Ele não descartou venda de ativos, mas não inclui Directv na lista. Segundo ele, a AT&T espera levantar US$ 4 bilhões nos próximos meses com a venda de ativos como torres de telefonia móvel, emissoras regionais de programação esportiva, imóveis, e a participação detida na emissora europeia CME. Falou ainda que a operadora está planejando um programa de recompra de ações.
Pressão
A apresentação de Stephenson foi resposta à pressão do fundo abutre Elliott para que a companhia se desfaça de ativos estratégicos, como Directv, ou mesmo a recém adquirida Time Warner (já renomeada para Warner Media). O executivo afirmou no evento que a empresa vai terminar o ano se beneficiando de US$ 700 milhões em sinergias pela fusão com o grupo de mídia.
Lembrou ainda que a tele confia que crescerá na 5G, uma vez que e detentora de grandes fatias de espectro. Ressaltou ainda que começou a implementar a rede FirstNet, usa por serviços de emergência e sua construção está 9 meses adiantada. Além disso, frisou que está cortando custos, o que terá impacto direto no EBITDA. A companhia terminou junho com dívida líquida de US$ 162 bilhões, receita total de US$ 45 bilhões e lucro líquido de US$ 3,7 bilhões.