SpaceX vai vender links de comunicação entre satélites para concorrentes

Fabricante vai oferecer lasers dos satélites Starlink, capazes de acelerar a comunicação entre equipamentos no espaço, para rivais, indicou a presidente da empresa
SpaceX vai vender comunicação por laser entre satélites para concorrentes
Satélite Starlink; concorrentes terão acesso a tecnologias da SpaceX (crédito: X/Twitter/SpaceX)

A fabricante de equipamentos espaciais SpaceX vai vender lasers de satélites, tecnologia usada para comunicações rápidas no espaço, para concorrentes da marca Starlink, indicou Gwynne Shotwell, presidente da empresa, em um evento em Washington DC, capital dos Estados Unidos, nesta terça-feira, 19, conforme informações publicadas pela Reuters.

Os satélites Starlink, que devem formar uma constelação na órbita baixa da Terra (LEO, na sigla em inglês) composta por 42 mil artefatos, usam links de laser para transmitir dados entre si no espaço à velocidade da luz. A tecnologia amplia a cobertura global de banda larga da rede, reduzindo o número de estações terrestres.

Em um painel no evento Satellite 2024, a executiva disse que a SpaceX, como fornecedora da solução, vai vender a tecnologia para outras empresas. “Nós vamos lançar isso”, afirmou.

No mercado de satélites, as empresas espaciais têm optado por vender componentes para diversificar as receitas, tendo em vista a necessidade de aportar grandes somas em projetos de desenvolvimento e de lançamento de artefatos à órbita da Terra.

Nesta indústria, como fabricante de foguetes, a SpaceX também atua no lançamento de satélites de outras empresas. A própria Amazon contratou a companhia do bilionário Elon Musk para pôr parte dos satélites da constelação Kuiper em órbita.

“Geralmente, não vendemos componentes. Então, isso é uma coisa nova para nós”, ressaltou Gwynne. Segundo ela, a empresa já está conversando com os potenciais primeiros clientes do serviço de laser de satélites.

Falhas

Em fevereiro, a SpaceX anunciou a retirada de 100 satélites Starlink da órbita terrestre. A empresa informou que identificou problemas nos equipamentos que podem gerar falhas no futuro. O procedimento de descida controlada deve durar aproximadamente seis meses.

Até o momento, a companhia conta com cerca de 5,5 mil satélites de baixa órbita no espaço. A constelação já oferece serviços em algumas partes do mundo, inclusive no Brasil.

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Da Redação

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