S&P altera perspectiva de rating da Alares para estável
Em avaliação sobre os negócios e as condições financeiras da Triple Play, proprietária da marca Alares, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) manteve o rating de crédito da empresa em “brA-“. No relatório divulgado nesta sexta-feira, 13, porém, a perspectiva foi alterada de negativa para estável.
Segundo a S&P, os resultados divulgados pela Alares no primeiro semestre motivaram a mudança de expectativa. A agência destaca que o provedor obteve receita de R$ 351 milhões e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) de R$ 159 milhões na primeira metade de 2024. A margem EBITDA, inclusive, subiu para 45,2% no primeiro semestre.
Com isso, acompanhada da emissão de notas comerciais e debêntures no ano passado, a S&P espera que a Alares entre em um processo de desalavancagem gradual nos próximos trimestres. A expectativa é de que o índice de dívida bruta ajustada sobre EBITDA, próximo a 4,0x neste ano, fique na casa de 3,5x em 2025.
“A perspectiva estável reflete nossa expectativa de um crescimento de receitas e EBITDA gradual e contínuo, com consequente redução da alavancagem, resultado da melhoria operacional e integração bem-sucedida de aquisições”, afirmam os analistas.
Projeções operacionais
Na avaliação da S&P, a Alares, que conta com cerca de 633,3 mil acessos de banda larga fixa, deve terminar 2024 com aproximadamente 770 mil clientes. O aumento da base deve ocorrer, sobretudo, pela aquisição da Azza.
A agência também aponta que o provedor deve fechar este ano com R$ 750 milhões em receita líquida. Inclusive, a análise ressalta que o faturamento também deve se beneficiar da Azza, com o acréscimo de R$ 140 milhões. Para 2025, a projeção de receita é de R$ 870 milhões.
“Em nossa visão, a melhor performance resulta de uma série de medidas adotadas pela empresa nos últimos trimestres, incluindo a criação de uma marca unificada (Alares), a simplificação da estrutura corporativa por meio da incorporação de subsidiárias, a consolidação de sistemas internos e o fortalecimento das políticas de crédito”, destaca o relatório.