Snapchat: no lançamento da IPO, ações sobem mais de 40%
Um grande sucesso, além do que esperava o mercado. Assim pode ser resumido o clima das primeiras horas do lançamento da oferta pública de ações do aplicativo Snapchat de mensagens instantâneas de fotos e vídeos. O valor por ação foi fixado em US$ 17, acima do intervalo indicado de US$ 14 a US$ 16. Mesmo assim, na abertura do pregão da Bolsa de Nova York as ações já eram comercializadas a US$ 24 e no começo da tarde chegaram a US$ 25.
O entusiasmo em torno da oferta pública de ações da Snapchat surpreendeu por dois motivos: o valor de lançamento foi considerado sobrevalorizado por alguns analistas e a empresa decidiu ofertar ações sem direito a voto, para garantir o controle para seus fundadores, mesmo que deixem a empresa. Nenhuma dessas razões afastou os investidores, que parecem apostar na empresa de mídia social de postagens instantâneas, apesar de seu desempenho. No ano passado, a empresa registrou uma perda líquida de US$ 515 milhões, ante US$ 373 milhões em 2015, com receita de US$ 405 milhões.
A Snap, dona do aplicativo de troca de mensagens Snapchat, disse que levantou US$ 3,4 bilhões com a oferta de 200 milhões de ações classe A, sendo 145 milhões de novas ações e 55 milhões de papéis detidos por sócios.
Fundada como uma alternativa às plataformas de mídia social existentes, o Snapchat é um aplicativo de mensagens com base em imagens, criado e desenvolvido em 2011 por Evan Spiegel, Bobby Murphy e Reggie Brown, estudantes da Universidade Stanford. O Snap permite a troca rápida de “snaps” que desaparecem após um a dez segundos. O Snap adicionou recursos, incluindo coleções de 24 horas de fotos chamadas “histórias” e uma plataforma para editores, onde os usuários assistem a notícias e entretenimento chamado “discover”. Snapchat está se vendendo como um lugar principalmente para amigos próximos, ao invés de conhecidos que enchem Facebook e estranhos que dominam o Twitter.
Cerca de 158 milhões de pessoas abrem o aplicativo em média 18 vezes por dia, com 60% deles enviando um snap a um amigo todos os dias; e 25% criando uma história. A faixa etária mais assídua ao serviço é de 18 a 24 anos, uma geração que os anunciantes esperam alcançar no celular, já que não passam muito tempo assistindo TV. (Com noticiário internacional)