Small cells e o desafio do fornecimento de energia
Por Rodrigo Yamanishi*
Sabemos que a demanda por dados sem fio está em alta, e deve crescer ainda mais com a adoção do 5G. E o aumento desse tráfego de informação requer mais capacidade e conectividade para escoar os dados. Resultado: as redes devem aumentar a densidade de sites, adicionando centenas de small cells (até 10 para cada site macro LTE). O resultado pode ser visto no crescimento desse mercado.
A alta receita de small cell RAN (redes de acesso por rádio) tem equiparado as macros há algum tempo. Essa tendência deve se estender ao longo dos próximos anos, com o faturamento do mercado small cells crescendo mais de 20% ao ano até 2027, segundo um estudo divulgado recentemente pela consultoria Dell’Oro Group.
Junto com os benefícios desse crescimento, chega também um problema: é necessário alimentar todas essas células com energia, o que gera impacto financeiro para as operadoras. Uma small cell típica de três setores pode exigir de 200 a 1.000 watts. E como fornecer energia confiável para cada uma delas de forma rápida e acessível?
Para resolver esse problema, empresas como a CommScope (umas das líderes globais em soluções para redes de conectividade) oferece a PowerShift Metro. Ela é uma solução inovadora que disponibiliza energia, fibra e backup de bateria para clusters de small cells a até duas milhas de distância (3,2 quilômetros) com ótima relação custo-benefício.
O coração da solução PowerShift Metro é o hub de energia (fonte de alimentação CA, retificador e backup de bateria) que pode ser implantado a partir de qualquer local central ou macro site.
O hub de força distribui energia (de grid) e até 144 fibras para clusters de small cells dispostos em uma arquitetura “hub and spoke”. O hub de energia também contém backup de bateria suficiente para fornecer energia total para as smalls cells, caso o fornecimento de energia para a rede falhe.
É uma estação de energia totalmente autônoma, completa, com arrefecimento, energia e espaço para equipamentos adicionais. Assim, as operadoras podem usá-lo para instalar e alojar outros componentes, como unidades distribuídas virtualizadas, unidades baseband, switches de rede e muito mais.
A conversão do tipo de energia e recursos de segurança embutidos possibilitam que o equipamento seja instalado até mesmo por quem não tenha as certificações mais complexas e rígidas na implementação de solução de energia. Na maioria dos casos, o cabo pode ser roteado com outros cabos de comunicação. Uma estrutura de barramento expansível única permite adicionar nós de borda ou energia adicional, muitas vezes sem atualizações de cabo.
O monitoramento em tempo real oferece uma ampla gama de dados (como tensão, corrente e temperatura de operação) no local ou a partir de qualquer navegador de internet.
O PowerShift Metro suporta também aplicações como pontos de acesso fixo e wireless, computação de borda móvel, gabinetes híbridos de fibra coaxial, instalações para cidades inteligentes e muito mais.
*Rodrigo Yamanishi é gerente de vendas da CommScope