“Setor de telecom tem recursos. Só precisa que se destrave o modelo”, disse Navarro.
Ao participar de um painel em Nova York para investidores, o presidente da Telefônica Brasil afirmou que basta o governo fazer os ajustes necessários no modelo regulatório para os investimentos serem feitos.
Eduardo Navarro, presidente da Telefônica Brasil, única empresa privada convidada para falar aos investidores estrangeiros em um painel sobre o Crescimento do Brasil a partir de Investimentos em InfraEstrutura, disse que o problema do setor de telecomunicações não é falta de recursos, mas sim o anacrônico modelo regulatório do setor que obriga a investimentos improdutivos em telefonia fixa. “Tão logo o governo faça os ajustes regulatórios necessários na legislação, os investimentos serão canalizados para a infraestrutura de rede óptica de alta velocidade e para a banda larga”, disse ele.
O evento, patrocinado pela Apex, pela Petrobras e pelo Banco do Brasil, foi organizado e mediado por profissionais do Financial Times no dia 20, quarta-feira, em Nova York. Participaram do painel, o presidente Michel Temer, diversos ministros e presidentes de empresas públicas.
Na ONU
No dia anterior, Navarro participou de outro painel, este na Assembleia Geral da ONU, também em Nova York. Promovido pela GSMA, em parceria com a Global Partnership for Sustainable Development Data (GPSDD), o evento reuniu executivos e autoridades de diversos países.
Durante o painel, Navarro apresentou um projeto de aplicação social de Big Data na cidade de São Paulo, o qual estabelece correlação entre os dados que trafegam na rede celular e as informações sobre os índices de poluição do ar disponibilizadas pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).
A iniciativa busca soluções que permitam melhorar a qualidade do ar na cidade e reduzir emissões de CO2, gerenciando melhor o fluxo do tráfego, além de identificar regiões críticas onde não há sensores instalados pela Cetesb.