Setor de serviços cresce, apesar da inflação
O setor de serviços do país apresentou no início do segundo trimestre a maior taxa de crescimento em 15 anos, conforme divulgou nesta quarta-feira, 4, a S&P Global. O resultado da pesquisa Índice de Gerentes de Compras mostrou que o PMI de serviços avançou a 60,6 em abril de 58,1 em março, leitura que ficou abaixo somente da de 60,8 vista em abril de 2007, apenas o segundo mês da pesquisa.
O aumento da demanda foi decorrente do maior controle da pandemia, políticas públicas favoráveis e recuperação da demanda, apesar da inflação recorde dos preços praticados em abril, segundo o relatório. Leitura acima de 50 indica expansão da atividade.
Os entrevistados citaram a força da dólar, além de custos mais elevados de combustíveis, matérias-primas, transportes e serviços públicos.
Isso foi repassado ao consumidor, com a taxa de preços cobrados batendo assim um recorde na série histórica, com destaque para o subsetor de Transporte, Informação e Comunicação.
Ainda assim, a melhora das condições de demanda associada à substituição de funcionários dispensados durante o pico da Covid-19 ajudaram na criação de vagas de trabalho em abril pelo 11º mês seguido e no ritmo mais forte desde junho de 2007.
Conforme avaliação do S&P, o aumento da demanda se traduziu na melhor rodada de criação de empregos entre os fornecedores de serviços desde meados de 2007, em um bom sinal para o mercado de trabalho e consumo futuro.
Em relação ao futuro, os fornecedores de serviços do Brasil mostraram forte otimismo, com o nível de sentimento positivo atingindo o maior patamar em sete meses. As empresas preveem melhoras na economia, bem como nas condições de demanda, criação de empregos e aumento do investimento.
O resultado do setor de serviços ajudou o PMI Composto do Brasil a subir de 56,6 em março para 58,5 em abril, maior nível desde outubro de 2007.