Servidores do BC dão trégua à greve
Os servidores do Banco Central decidiram suspender a greve por duas semanas na tentativa de evoluir as negociações por melhores salários e reestruturação de carreiras, conforme afirmou Fábio Faiad, presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal).
Até dia 2 de maio, a categoria adotará operação-padrão, em que as atividades funcionam em ritmo mais lento, e retomará as paralisações diárias de 4h, de 14h às 18h, estratégia já adotada de 17 a 31 de março.
A proposta estudada pelo governo de reajuste de 5%, na opinião de Faiad, foi considerada aquém das expectativas da categoria, que apresentará uma contraproposta: abrir mão do reajuste de 27% desde janeiro de 2022, considerando apenas a partir de julho, para reduzir o impacto orçamentário este ano.
O sindicato aguarda uma resposta à contraproposta ou nova proposta do governo, até dia 2 de maio. “A tônica é um voto de confiança, apresentamos contraproposta e vamos negociar”, disse Faiad
De acordo com o representante sindical, o presidente da autarquia afirmou que 5% era a proposta oficial do governo e garantiu a implementação de dois pontos da pauta não salarial da categoria, que envolve também taxa de supervisão, considerar as carreiras do BC atividades exclusivas do Estado e aumento da autonomia do BC.
Além disso, prometeu uma reunião com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Campos Neto, porém, pediu confidencialidade sobre os pontos que seriam atendidos.
Iniciada no dia 1º de abril, a greve dos servidores do BC tem atrasado a produção de diversos boletins e publicações do BC, como o Boletim Focus, que acompanhar as expectativas para indicadores como o IPCA, por exemplo. O BC ainda não se pronunciou sobre a decisão da categoria nesta terça e nem se há nova data para as publicações atrasadas.