Selic continua em 10,5% em decisão unânime do Copom

Comitê interrompe sequência de sete cortes consecutivos, que reduziram a taxa básica de juros de 13,75% em agosto de 2023 para 10,5% no último corte, em maio

Selic continua em 10,5% em decisão unânime do Copom

Depois de um ano e dois meses mantida ao índice de 13,75%, a Selic começou a cair em agosto de 2023. De lá para cá, o Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central (BC) fez sete cortes consecutivos, que reduziram a taxa básica de juros para 10,5% na última reunião, em maio.

Nesta quarta-feira, 19, o colegiado optou por interromper o ciclo de queda de juros. A decisão foi unânime entre os nove membros do colegiado — que inclui o presidente do BC, Roberto Campos.

Vale lembrar que na reunião de 9 de maio, o Copom havia optado por um corte menor do que vinha sendo feito desde agosto do ano passado. Depois de seis cortes de 0,5 ponto percentual (p.p). na taxa de juros, veio uma redução de 0,25 p.p., seguida agora de manutenção do índice.

“Considerando a evolução do processo de desinflação, os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu manter a taxa básica de juros em 10,50% a.a. e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2025. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, destacou o Copom em seu comunicado.

Na decisão, segundo o colegiado, pesou também o cenário global, caracterizado como incerto, e o doméstico, marcado, por exemplo, pela elevação das projeções de inflação.

“A política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, pontuou ainda.

As projeções de inflação do Copom situam-se em 4,0% em 2024 e 3,4% em 2025. (Com informações do comunicado do Copom)

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Redação DMI

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