Saúde e cuidados pessoais têm maior variação de preços em maio
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para medir o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação, tiveram alta no mês de maio, sendo que a maior variação de preços ficou por conta de saúde e cuidados pessoais. Esse grupo avançou 1,07% e teve um impacto de 0,14 ponto percentual (p.p.) sobre o índice.
Em seguida, veio transportes, com uma alta de 0,77% e impacto de 0,16 p.p. Alimentos e bebidas, grupo que havia puxado o IPCA-15 em abril, com alta de 0,61%, avançou em ritmo menor, 0,26% e impacto de 0,05 p.p. sobre o índice em maio.
No grupo de saúde e cuidados pessoais, os produtos farmacêuticos foram os responsáveis pelo aumento dos preços. A alta apresentado foi de 2,06%, ainda reflexo da autorização do reajuste de até 4,5% nos preços dos medicamentos a partir de 31 de março.
Já no grupo de transportes, a variação para cima veio por causa da gasolina, 1,9% mais cara, e das passagens aéreas, que tiveram preços 6,04% mais altos no mês. Quanto aos demais combustíveis, tiveram aumento o etanol (4,7%) e o óleo diesel (0,37%), enquanto o gás veicular registrou queda de 0,11% no preço.
Outro fator que puxou a alta nesse grupo foi a variação no preço da passagem de metrô (2,53%), influenciada pelo reajuste de 8,69%, a partir de 12 de abril, no Rio de Janeiro (7,45%). Também teve alta o preço do táxi (0,73%), especialmente em Recife (14,12%), que sofreu reajuste médio de 17,64% a partir de 22 de abril.
Vale ainda observar os índices regionais. O IBGE leva em conta onze regiões, sendo elas Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, São Paulo, Recife, Belém, Goiânia, Fortaleza e Rio de Janeiro, e todas tiveram alta em maio.
A maior variação foi registrada em Salvador (0,87%), devido às altas da gasolina (6,89%) e energia elétrica residencial (3,26%). Já o menor resultado foi registrado no Rio de Janeiro (0,15%), que apresentou queda nos preços do feijão preto (-10,38%) e das carnes (-1,56%).