Satélite Amazonas Nexus já está em operação, confirma Hispasat

Equipamento deve providenciar banda larga de alta velocidade para todos os cantos das Américas, assegura a operadora; artefato viajou 36 mil quilômetros até atingir posição orbital definitiva
Hispasat anuncia início da operação do satélite Amazonas Nexus
Amazonas Nexus, satélite geoestacionário da Hispasat, já está em operação (crédito: Hispasat/Divulgação)

A Hispasat informou que o satélite Amazonas Nexus, projetado para prover banda larga de alta velocidade em todo o continente americano, entrou em operação no sábado, 15. A operadora assegura que o equipamento será capaz de entregar internet de qualidade até mesmo em áreas remotas, como a Floresta Amazônica e a Groenlândia, além dos corredores norte e sul do oceano Atlântico.

Resultado de um investimento de cerca de 300 milhões de euros (aproximadamente R$ 1,65 bilhão), o satélite geoestacionário deve prover conectividade, principalmente, para clientes dos setores de aviação e marítimo.

O equipamento foi posto em órbita por meio do foguete Falcon 9, da SpaceX. O lançamento, realizado no Cabo Canaveral, na Flórida (Estados Unidos), ocorreu no início de fevereiro deste ano. O artefato viajou 36 mil quilômetros até atingir a posição definitiva na órbita geoestacionária, a 61º Oeste. A expectativa é de que demorasse até seis meses para concluir o trajeto, efetuado em menos tempo.

“O Amazonas Nexus abre uma nova etapa. Nos permitirá abrir novos mercados e cumprir nosso compromisso com os cidadãos de impedir que o fosso digital continue a crescer e que tenham acesso a direitos digitais, educação e saúde em lugares remotos”, afirma, em nota, Jordi Hereu, presidente da Hispasat.

A previsão é de que o satélite tenha mais de 15 anos de vida útil.

ViaSat-3

Na semana passada, a Viasat informou que o satélite geoestacionário ViaSat-3, também desenvolvido para prover banda larga para todas as Américas, teve uma falha inesperada. Segundo a companhia, houve um desarranjo durante a implantação do refletor, o que pode impactar o desempenho do equipamento.

Além disso, a Viasat destacou que está em contato com o fornecedor da peça para avaliar as consequências da falha e as possíveis medidas a serem tomadas para corrigir o funcionamento do satélite.

“Estamos desapontados com os desenvolvimentos recentes”, disse Mark Dankberg, presidente e CEO da Viasat. “Estamos trabalhando em estreita colaboração com o fabricante do refletor para tentar resolver o problema. Agradecemos sinceramente seus esforços concentrados e comprometimento”, acrescentou.

O ViaSat-3 foi lançado ao espaço em maio. O equipamento é o primeiro de três que a empresa planeja pôr em órbita com a intenção de prover banda larga para todo o planeta.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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