Sanções dos EUA à Huawei fazem Qualcomm perder espaço em mercado chinês

Sem poder vender para a Huawei e ZTE, a Qualcomm registrou uma queda de 48% nas remessas para o maior mercado consumidor de celulares do planeta em 2020, o que deu oportunidade para a ascensão da taiwanesa MediaTek

A Qualcomm perdeu seu lugar como maior fornecedor de system-on-chip (SoCs) na China para a MediaTek em 2020. Um relatório da CINNO Research demonstrou que a produtora de chipsets registrou uma queda de 48% nas remessas em 2020, se comparado a 2019, em parte devido às restrições dos Estados Unidos à Huawei. A fabricante chinesa foi proibida de utilizar tecnologia estadunidense em seus dispositivos.

Por outro lado, a empresa sediada em Taiwan, MediaTek, mostrou um “crescimento explosivo”, que a levou ao topo pela primeira vez. A CINNO Reaserch apontou que a razão do aumento vem da necessidade das chinesas de procurarem  fornecedores mais “diversos, estáveis e confiáveis”.

A HiSilicon, fábrica de semicondutores da Huawei, reduziu suas remessas em 17,5%, algo também atribuído às sanções dos Estados Unidos.

O relatório da CINNO de 2019 estimava que 37,9% do mercado chinês era ocupado pela Qualcomm. Em seguida, vinha a HiSilicon com 35%, enquanto o MediaTek ficava em terceiro lugar com 17,4%. No fim de 2020, a presença da MediaTek subiu para 31,7%, o HiSilicon ficou com 27,2% e a Qualcomm com 25,4%. O estudo também estima que o total de remessas para o mercado chinês caiu em 307 milhões de unidades em 2020, o que representa uma redução de quase 21%.  (Com agências internacionais)

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Da Redação

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