Samsung anuncia êxito nas pesquisas com bateria de grafeno

As baterias feitas com “bolas de grafeno”, no lugar de ions de lítio, ganham 45% mais capacidade e têm carregamento muito mais rápido.

Samsung-bateria-celularA Samsung anunciou hoje, 27, que sua área de pesquisa, o Samsung Advanced Institute of Technology, conseguiu aumentar em 45% a capacidade de bateria e aumentar a velocidade de carregamento em cinco vezes em relação aos padrões atuais graças ao fato de ter sintetizado, com sucesso, “bolas de grafeno”, estrutura desenvolvida a partir do carbono. De acordo com líder mundial em volume de smartphones vendidos, a bateria baseada em grafeno levaria apenas 12 minutos para ser totalmente carregada, enquanto as baterias atuais de íon de lítio levam cerca de uma hora. A nova bateria também pode ser usada para veículos elétricos, pois pode manter a estabilidade em até 60 graus Celsius.

A empresa intensificou suas pesquisas em tecnologia de bateria na sequência das explosões verificadas em baterias do smartphone Note 7 do ano passado. O recall e a posterior retirada do modelo propenso a incêndios custaram à empresa mais de US$ 5 bilhões, e alguns dos telefones pegaram fogo devido a baterias de íon de lítio com defeito, de acordo com a Samsung.

Segundo os especialistas, o grafeno é mais eficiente em termos de energia, de modo que permite espaço para outros materiais catódicos. Como resultado, os smartphones com baterias baseadas em grafeno podem ser mais finos e mais leves, mas com maior capacidade. Segundo o comunicado da empresa, ela desenvolveu uma maneira de usar a sílica para sintetizar o grafeno e já solicitou patentes para a tecnologia na Coréia do Sul e nos EUA.

O grafeno, que na sua forma básica é uma única folha de átomos de carbono dispostos em uma rede, pode ser usado em displays flexíveis, wearables e outros dispositivos eletrônicos de próxima geração. Mas, enquanto a tecnologia da bateria de ion de lítio – comercializada pela primeira vez em 1991 – está prestes a atingir seu limite, os especialistas advertem levarão anos até que a tecnologia de bateria baseada em grafeno esteja pronta para a comercialização. (Com noticiário internacional)

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Da Redação

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