Expansão anual da banda larga móvel cai desde 2017, indica relatório da UIT
A União Internacional das Telecomunicações (UIT), divulgou hoje, 30, o relatório Measuring Digital Development: Facts and figures 2020. Segundo ele, embora entre 2015 e 2020, a cobertura de 4G tenha dobrado no mundo, o ritmo da expansão anual da banda larga móvel vem caindo desde 2017. Neste ano, a cobertura é apenas 1,3% maior em relação a 2019.
A pesquisa também indicou que, nos Países Menos Desenvolvidos (PMD), em 2019, 17% da população rural não possui qualquer cobertura de internet. Outros 19% da população rural tem apenas cobertura 2G. Segundo Doreen Bogdan-Martin, diretora da UIT para o desenvolvimento das telecomunicações, essa é a primeira vez que o relatório traz os dados de Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, Países em Desenvolvimento sem Litoral e Países Menos Desenvolvidos.
Globalmente, 72% das residências urbanas possuem acesso à internet, o que representa quase o dobro das residências rurais (quase 38%). Nos países em desenvolvimento, 28% das residências rurais contam com internet, em comparação com 65% das residências urbanas. Isso significa um acesso 2,3 vezes maior para áreas urbanas em relação às rurais.
Outra conclusão do relatório é de que o acesso à internet é maior entre os jovens. Enquanto 50% da população mundial utiliza a internet, uma parcela de 70% desse total é constituída por pessoas entre 15 e 24 anos. Nos países menos desenvolvidos, por exemplo, 38% dos jovens utilizam internet, sendo que a população total que tem acesso é de 19%.
Em países desenvolvidos, onde a presença de conectividade em áreas urbanas é de 87% e de áreas rurais, 81%, todos os jovens utilizam internet.
Acesso no Brasil em meio a Covid-19
A pesquisa registrou um aumento de usuários brasileiros realizando atividades online em 2020. Dentre as atividades que mais tiveram aumento estão: cursos à distância, que passaram de 16% em 2019 para 33% em 2020; pagamentos, consultas, e outras operações financeiras cresceram de 42% (2019) para 71%; a procura de informações sobre saúde aumentou de 55% para 72%; e de acesso a serviços públicoson line de 36% para 54%.