Receita das operadoras caiu 31,4% em 2015

Setor faturou US$ 40,35 bilhões em 2015, conforme cálculos divulgados hoje pela consultoria Frost&Sullivan. Mas perspectiva é de recuperação até 2021.
(Crédito: Shutterstock Vladnik)
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A atual crise econômica brasileira, os desequilíbrios regulatórios para as pequenas operadoras, os altos encargos tributários para os serviços de telecomunicações e as limitações de custo e espectro dos serviços de banda larga continuam a travar o crescimento do mercado brasileiro de serviços de telecomunicações, que faturou US$ 40,35 bilhões em 2015.

“Nós vimos uma queda de 31,4% na receita no ano passado neste mercado devido à depreciação da moeda local”, explica Carina Gonçalves, analista de indústria de transformação digital da Frost & Sullivan. “No entanto, podemos esperar um crescimento moderado nos próximos anos, com receita estimada de US$ 46,99 bilhões para 2021, impulsionada principalmente pela crescente penetração da TV paga e banda larga, aumento da competitividade, aumento de combos multi-play e serviços de valor agregado (SVAs) e investimentos em infra-estrutura para a expansão de redes de fibra óptica e redes de banda larga móvel”.

Os prestadores de serviços que estão crescendo acima do mercado, como o player regional Algar Telecom e players globais como a Level 3 e a Orange Business, estão focando no atendimento ao cliente, estratégias de negócios inovadoras e expansão de rede, segundo o relatório da F&S.

Enquanto a receita de serviços de dados móveis, fiber-to-the-home (FTTH) e Internet protocol television (IPTV) tiveram um crescimento de dois dígitos em relação a 2014 (30,0%, 90,8%, 58,1%, respectivamente), a receita de voz fixa e móvel apresentaram queda significativa de 11,1% e 4,6%, respectivamente. As causas destas quedas estão relacionadas com a diminuição das taxas de terminação móvel, as iniciativas de redução de custos por parte dos consumidores e das empresas devido à situação econômica, bem como a substituição por outros tipos de comunicação, tais como mensagens e soluções unificadas de comunicação e colaboração.

“Em geral, é provável que os provedores de serviços encontrem mais oportunidades de crescimento em mercados menos penetrados, como a TV paga e a banda larga fixa e móvel, com o surgimento de pequenas associações de TV a cabo e provedores de serviços de Internet (ISPs) no mercado brasileiro”, diz Gonçalves. “Além disso, a adoção de serviços over-the-top também está aumentando, estimulando o reposicionamento de preços dos serviços tradicionais. Dados e demanda por serviços de conectividade móvel são os principais motores para a maioria dessas forças competitivas”, conclui. (Com assessoria de imprensa)

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Da Redação

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