Receita da Telefónica cresce em todos os mercados, mas não evita queda no lucro
O Grupo Telefónica, dono da marca Vivo no Brasil, divulgou, nesta quinta-feira, 11, os resultados financeiros do primeiro trimestre deste ano. O lucro líquido da companhia teve queda de 58%, totalizando 298 milhões de euros (aproximadamente R$ 1,6 bilhão), impactado por aumento de custos operacionais, recompra de participação na Telxius e elevação de alugueis. No primeiro trimestre de 2022, o lucro tinha sido de 706 milhões de euros (R$ 3,8 bilhões).
Por outro lado, a multinacional espanhola informou que a receita avançou 6,7%, chegando a 10,04 bilhões de euros (R$ 54,18 bilhões). O faturamento cresceu em todos os mercados em que a companhia atua, com destaque para a alta de 12,1% no Brasil, como reportado pela Vivo nesta semana.
“No segmento móvel, a Vivo continua com a progressiva atualização de tarifas em um ambiente competitivo, mas mais racional. O churn de contrato se reduziu até alcançar níveis historicamente baixos”, diz a Telefónica, no informe financeiro.
“No segmento fixo, a companhia reforça a sua liderança com a proposta de valor de qualidade e serviços diferenciados em fibra. Assim, as conexões de FTTH alcançaram 5,7 milhões, 17% superior do que em março de 2022”, acrescenta.
Nos outros territórios, as vendas cresceram 8% na Alemanha, 1,3% na América Latina (Argentina, Chile, Peru, Colômbia e México) e 0,3% na Espanha. No Reino Unido, onde detém 50% da Virgin Media O2, a alta foi de 4,9%.
O resultado operacional antes de depreciação e amortização foi de 3,12 bilhões de euros (R$ 16,84 bilhões), queda de 2,4% na comparação interanual. A margem ficou em 31,1%, 2,9 pontos percentuais abaixo da registrada no primeiro trimestre de 2022 (34%).
O capex, incluindo espectro, somou 1,05 bilhão de euros (R$ 5,67 bilhões) no período de janeiro a março, o que indica alta de 3,1% na comparação com os três primeiros meses do ano passado.
O Grupo Telefónica ainda informou que, em relação ao observado no período inicial de 2022, reduziu a sua dívida financeira líquida em 3,5%, para 26,44 bilhões de euros (R$ 142,67 bilhões).
“Iniciamos o ano com força, apesar dos desafios que enfrentamos. Seguimos executando o nosso plano estratégico e alcançamos mais um trimestre para acelerar o crescimento da receita, tanto em termos reportados como orgânicos”, afirma José María Álvarez-Pallete, presidente-executivo da Telefónica, em trecho do balanço financeiro.