Procura por crédito cai 6,5% em agosto, aponta Serasa
O Indicador de Demanda do Consumidor por Crédito da Serasa Experian registrou queda de 6,5% em agosto na comparação com o mesmo período do ano anterior. Embora menos acentuada do que a retração que foi apontada em julho (-11,4%), essa foi a terceira queda consecutiva registrada pelo índice.
O recorte por renda revelou queda para todas as faixas, com destaque para aqueles que recebem entre R$ 500 e R$ 1.000, que marcaram a baixa mais expressiva, de 7,8%.
Segundo o índice, os consumidores que ganham até R$ 500 mensais tiveram retração de 7,0%. Depois ficaram aqueles que recebem entre R$ 1.000 e R$ 2.000 (-5,6%), seguidos pelas pessoas que possuem renda de R$ 2.000 a R$ 5.000 (-5,0%) e de R$ 5.000 a R$ 10.000 (-4,5%). A faixa da população brasileira que ganha mais de R$ 10.000 mensais teve a menor retração, essa de 4,4%.
De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, é compreensível que o movimento de retração da demanda por crédito tenha acontecido pela terceira vez seguida em agosto. “O que estamos vendo é um reflexo do aumento da taxa Selic, que encareceu as linhas de crédito e deixou os consumidores mais cautelosos em relação ao recurso financeiro”.
O recuo na procura pelo recurso financeiro aconteceu em todas as regiões brasileiras, exceto na Norte, que marcou leve alta de 0,9%.
Metodologia do indicador
O Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito é construído a partir de uma amostra significativa de CPFs, consultados mensalmente na base de dados da Serasa Experian. A quantidade de CPFs consultados, especificamente nas transações que configuram alguma relação creditícia entre os consumidores e instituições do sistema financeiro ou empresas não financeiras, é transformada em número índice. O indicador é segmentado por região geográfica e por classe de rendimento mensal.
(com assessoria)