Private equity é o novo foco dos investidores
Os investimentos dos fundos de private equity (PE) e venture capital (VC) em empresas brasileiras atingiram R$ 16,5 bilhões no segundo trimestre de 2022, valor 17,8% superior aos R$ 14 bilhões no mesmo período de 2021. Os dados são de pesquisa trimestral realizada pela KPMG e a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP).
A exemplo do que já se tinha observado nos três primeiros meses do ano, os investimentos de fundos de private equity, que costumam fazer alocações em companhias mais maduras, lideraram os aportes, alcançando R$ 11,3 bilhões, com alta de 2.725% no período.
Na contramão, o volume destinado a Venture Capital recuou 62%, para R$ 5,2 bilhões, no mesmo intervalo. Mesmo com forte redução nos investimentos, a pesquisa revelou que as fintechs e as insurtechs foram as modalidades de empresas que mais receberam aportes entre abril e junho deste ano. Ao todo, elas representaram 21% das operações. Na sequência foram classificadas as RetailTechs, com 12%, e as HealthTechs, com 11%.
Apesar dos ventos contrários, o mercado permanece aquecido. Os investimentos em private equity e venture capital somam, juntos, R$ 28,1 bilhões foram alocados entre janeiro e junho.
Desse montante, mais da metade, ou seja, R$ 16,5 bilhões foram realizados no segundo trimestre deste ano. O valor representa um aumento de 17,8% em relação ao mesmo período do ano passado, que foi de R$ 14 bilhões.
Private equity: o investimento da vez
A preferência ao private equity demonstra, entre outros fatores, que os investidores estão focados em companhias com resultados mais consolidados.
Os aportes em fundos dessa modalidade saltaram de R$ 2,3 bilhões no primeiro semestre de 2021 para R$ 16,5 bilhões no mesmo período deste ano. Mas foram principalmente os últimos três meses que contribuíram para o avanço.
Entre abril e junho, as alocações em private equity foram de R$ 11,3 bilhões, uma alta de 2,17% em relação aos meses de janeiro a março.