Privacidade dos dados é muito mais do que segurança cibernética, diz Motta, da Huawei
A Huawei passou a adotar o conceito de “trusthworthiness ” ,ou confiabilidade aumentada, em seus processos de desenvolvimento de produtos e sistemas, para assegurar que a segurança esteja presente desde o início da projeção do produto até o desenho e compilação do software durante o ciclo de vida firmou hoje, 28, o CSO da companhia para o Brasil e América Latina, Marcelo Motta.
Ao participar do Huawei Ecosytem Summit, realizado em São Paulo, o executivo assinalou que o novo centro de tecnologia inaugurado pela empresa esta semana, que possui o centro de Confiabilidade Aumentada (o T-Center), prevê a busca por parceiros locais. ” Precisamos facilitar a colaboração e o processo de inovação conjunta”, afirmou.
Para a empresa, agora caminham de braços dados a cybersegurança e a proteção dos dados. Mas, para Motta, a preservação da privacidade irá demandar muito mais engajamento do o ecossistema de tecnologia da informação e comunicação. ” A segurança cibernética é necessária, mas não suficiente para assegurar a privacidade dos dados pessoais”, avalia ele. Isso porque, exemplifica, além da necessidade de preservação das informações das pessoas, há também um grande número de dados pessoais sensíveis que precisam de maior proteção.
Motta assinala que, embora o Brasil esteja bem posicionado no ranking da UIT de segurança cibernética (ocupando a terceira posição nas Amércias e a 18a no mundo), tem ocorrido muitos vazamentos de dados tanto na esfera pública como na esfera privada.
Open Ran
Quanto à ausência da fabricante no movimento Open Ran, Motta retruca- “no dia em que for OPEN, a gente pode pensar”, referindo-se ao fato de que ainda não há interoperabilidade nesta tecnologia.
Sun Baocheng, CEO da empresa, assinalou no evento que nos próximos cinco anos serão treinados mais 40 mil estudantes brasileiros pela Huawei e que a empresa conta atualmente com 86 acordos com universidades e centros de pesquisa brasileiros.