Presidente do BC diz que “super app” com IA poderá virar consultor financeiro

Campos Neto apresentou ainda os últimos números do Open Finance: 27 APIs já foram desenvolvidas e 12 estão em desenvolvimento, com 800 instituições envolvidas.
(crédito: Lula Marques/ Agência Brasil)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto disse que o super app, que vai servir de agregador de serviços financeiros, substituindo no futuro os aplicativos dos bancos, ao passar a utilizar a IA (Inteligência Artificial) irá se transformar também em um consultor financeiro.

” Com programabilidade, conexão com market places e amplo conjunto de dados, a IA pode ser usada em quatro blocos: para consultoria financeira das pessoas; educação financeira; otimização dos processos (software e hardware) e melhorar a experiência do
usuário”, afirmou ele durante o Bradesco BBI Brazil Investment Forum. Ele ressaltou que, com market places e conexão entre
plataforma e carteira digital, as pessoas serão capazes de acumular todos os seus dados e monetizá-los, havendo ainda interação de tokens com carteira digital nesse super app.

Números Open Finance

Campos Neto apresentou ainda os últimos números do Open Finance:

  • 27 APIs desenvolvidas e 12 em desenvolvimento.
    ▪ Mais de 42 milhões de consentimentos para
    compartilhar dados.
    ▪ Em média mais de 1,4 bilhão de chamadas API
    semanais (fases 2 e 4) nas últimas semanas.
    ▪ Mais de 68 billhões de chamadas API (fases 2 e 4).
    ▪ Mais de 800 instituições participantes (todas as fases).

Divulgou ainda um calendário dos próximos passos para a implantação do DREX, o Real Digital. Segundo o presidente do BC, em maio deste ano deverão ser concluídos os testes de privacidade, que começaram em março do ano passado. Com a conclusão desta etapa, será feita a avaliação para a implementação de novos protocolos.

Apontou ainda que, dos três grandes problemas que existiam para a conexão entre sistemas de pagamentos internacionais, dois já foram resolvidos. A conexão entre os sistemas DLT e os centralizados já pode ser feita; e a liquidação ( ou Liquidity token pool) também já está equacionada. A questão, agora, é avançar na governança, definindo taxonomias comuns que tenham regras mínimas para as transferências internacionais.

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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