Polícia Federal já identificou o hacker que atacou o STJ e pediu resgate

Microsoft colabora com as investigações, juntamente com o Exército

A Polícia Federal já identificou o hacker responsável pelo ataque ao sistema de informações do STJ (Superior Tribunal de Justiça), mas ainda não revelou o nome, a nacionalidade e o sexo para preservar as investigações em torno dos colaboradores do criminoso.

Em entrevista à TV Globo, o diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza, informou que o acusado cobrou pagamento de resgate em troca da não destruição dos dados furtados do sistema. A investida já é considerada pelas autoridades como a mais grave já ocorrida contra uma instituição pública no Brasil.

Além da PF, na apuração dos responsáveis pelo crime estão a área cibernética do Exército e a Microsoft. O site do STJ está fora do ar desde a terça deve voltar no dia 9. Técnicos trabalharam para quebrar a criptografia usada pelos invasores para bloquear o acesso a máquinas e e-mails de 1.200 servidores, inclusive os magistrados.

E-mail para resgate

Um arquivo de texto foi deixado pelo hacker no sistema do STJ com informações que exigiam o pagamento para que os dados criptografados fossem liberados. O texto indica um email para retorno, mas não houve tentativa de contato, pois os ministros da Corte decidiram que nenhum valor seria pago.

Nas palavras do chefe da PF, o hacker não chegou a dizer o valor do resgate, porém citou que havia um servidor na Suíça onde supostamente as informações capturadas pelo hacker teriam sido armazenadas. 

O autor da invasão ao sistema do STJ seria o mesmo que teria feito tentativa semelhante no Ministério da Saúde, que havia atribuído os problemas a questões internas. São também atribuídas ao mesmo hacker as tentativas de invasão aos sites do Governo do Distrito Federal.

TSE no alvo

Segundo o colunista Ancelmo Gois, de “O Globo”,  o ciberataque foi planejado há três meses e tinha como alvo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Informou ainda que já foi identificada uma empresa estrangeira que teria funcionado como centralizadora do ciberataque. Tanto o TSE quanto o STF (Supremo Tribunal Federal), o Executivo federal quanto o GDF reforçaram medidas de segurança para evitar ameaças de invasão.

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Da Redação

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