PLC 79 mudará o paradigma do setor, diz Gebara, presidente da Vivo
Mesmos com a decisão de aumentar em R$ 1 bilhão os investimentos no Brasil este ano (passando de R$ 8 bilhões para R$ 9 bilhões), o presidente da Telefônica Vivo, Christian Gebara, alinhou as principais carências por infraestrutura da sociedade brasileira e os entraves enfrentados pelas operadoras para avançar com a banda larga e a oferta de serviços. Para o executivo, a aprovação do PLC 79 – que modifica o atual marco legal do setor de telecomunicações, antecipando o fim das concessões de telefonia – mudará o atual paradigma, pois irá fazer com que as empresas deixem de investir em tecnologias legadas, velhas.
Gebara assinalou também que as empresas enfrentam outros grandes problemas, como a alta carga tributária e a dificuldade de instalação de antenas de celular. “Existem mais de 300 leis para a instalação de antenas no país”, assinalou.
O executivo disse que a modernização do regulamento de qualidade – em estudo pela Anatel- deveria liberar as operadoras para atender seus usuários digitalmente e não mais serem obrigadas a enviar contas telefônicas em papel, por exemplo. “O retorno sobre o capital já está menor do que o custo do capital”, alertou.
E os desafios brasileiros são enormes, elencou:” O Brasil tem um gap digital. 33% da população não usa internet; 45% das pessoas não têm smartphone 4G; 87% da população náo tem disponível fibra acima de 34 Mbps. Apenas 28% das crianças têm computadores com internet nas escolas ou somente 15% dos municípios brasileiros têm tecnologia para utilizar prontuários digitais”.