Pix representa 30% das transações no comércio eletrônico
Lançado em novembro de 2020, o Pix tornou-se o segundo meio mais popular no país para pagamentos no comércio eletrônico, atrás apenas do cartão de crédito. Em 2023, o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC) foi utilizado em 30% das compras no e-commerce. Já o cartão de crédito foi a opção em 40% dos pagamentos online. Os dados são da 9ª edição do estudo The Global Payments Report 2024. Realizado pela Worldpay, ele traz um mapeamento de 40 mercados que representam 88% do produto interno bruto (PIB) global.
Em relação a 2022, o crescimento do uso do Pix nessas transações foi de 49%. O aumento da utilização da modalidade de pagamentos conta a conta (A2A), na qual o Pix se encaixa, vai seguir no país. O estudo prevê um avanço da ordem de 27% de crescimento entre 2023 e 2027. Dessa forma, a previsão é que o Pix se torne o principal meio de pagamento no comércio eletrônico já em 2027, abarcando 50% das transações. Enquanto isso, o cartão de crédito ficará em segundo lugar, com 27% dos pagamentos no e-commerce.
No Brasil, o uso da modalidade A2A está bem à frente de outros países. Globalmente, apenas 7% do valor transacionado no e-commerce foi feito via pagamentos conta a conta. Mundialmente, em 2027, a expectativa apontada pelo estudo é que a utilização dessa modalidade cresça apenas 1 ponto percentual em relação a 2023.
Em terceiro lugar, as carteiras digitais (como Apple Pay, Google e PayPal) foram a escolha dos brasileiros para pagamento de compras no comércio digital. O volume de pagamentos com essa modalidade representou 16% no ano passado. A projeção do estudo é que o índice deve continuar o mesmo em 2027.
O estudo mostra ainda que o e-commerce brasileiro ocupa o 10º lugar no ranking mundial e, em 2023, transacionou US$ 95 bilhões. Em 2027, deve chegar a US$ 150 bilhões, o que representa um crescimento de 12%.
Comércio físico
A pesquisa da Worldpay também mostra como andam os pagamentos nos pontos de venda (PDVs), ou comércio físico no Brasil. Nas compras presenciais, o cartão de crédito também foi a primeira opção dos brasileiros em 2023 (36%), seguido do dinheiro em espécie (22%) e o cartão de débito (20%).
Não há dados sobre a utilização do Pix no comércio físico no ano passado, mas a pesquisa aponta um crescimento médio de 30% do uso do meio para pagamentos entre 2023 e 2027. Até lá, o cartão de crédito deixará de ser a principal escolha para negociações no comércio físico, caindo para 30% do volume, enquanto as carteiras digitais devem se tornar a principal ferramenta de pagamento nas compras presenciais, com 41% do total.
O comércio físico brasileiro ocupa a 9ª posição no mundo e movimentou U$790 bilhões no ano passado. Para 2027, a expectativa, segundo o estudo é de um crescimento de 5%, atingindo US$ 960 bilhões.