Petrobras aprova Caio Paes como presidente
A Petrobras informou que seu Conselho de Administração decidiu nesta segunda-feira, 27, por maioria, nomear Caio Mário Paes de Andrade como conselheiro e o elegeu para o cargo de presidente-executivo da companhia. Andrade tomará posse na terça-feira, 28.
Andrade vinha atuando como secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, do Ministério da Economia. Ele é formado em Comunicação Social, com pós-graduação em Administração e Gestão pela Harvard University. É o quarto presidente da Petrobras na gestão de Bolsonaro.
Andrade foi nomeado conselheiro até a próxima Assembleia Geral de Acionistas, enquanto o mandato como CEO terá prazo até 13 de abril de 2023, segundo fato relevante divulgado ao mercado.
No mesmo dia em que a Petrobras aprovou o nome do executivo para comandar a companhia, a estatal reiniciou os processos de venda da Refinaria Abreu e Lima em Pernambuco (RNEST); Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repart), no Paraná; e Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, bem como ativos logísticos integrados a essas refinarias.
Petroleiros contra
Representantes da Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) protocolaram nesta manhã (27) uma denúncia na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedindo para a nomeação não ser concretizada. Eles afirmam que o novo presidente não atende aos requisitos legais para ocupar o cargo e representa um risco à empresa e aos acionistas.
Além de não atender os requisitos legais para ocupar o cargo, a Anapetro afirma que as disputas sobre a política de preços a ser adotada pela empresa podem colocar em conflito o acionista majoritário (a União) e os minoritários.
A associação já havia se posicionado contrária ao novo CEO antes de ele ser aprovado pelo Comitê de Elegibilidade (Celeg) da estatal, na sexta-feira.
Ele disse ao Celeg que não recebeu orientações do governo em relação à mudança da política de preços da estatal, mostrou documento da empresa divulgado no sábado.
No dia 20 de junho, a CVM já havia aberto uma apuração envolvendo a troca de comando da Petrobras. A comissão instaurou um processo para verificar notícias que anteciparam a renúncia do então presidente José Mauro Coelho.
(Com Reuters)