Perdas com a Oi puxam queda de receita da IHS na América Latina
Assim como no primeiro trimestre, o processo de recuperação judicial da Oi segue impactando os resultados da IHS na América Latina. A companhia reportou receita de US$ 46,5 milhões (R$ 253,7 milhões) no segundo trimestre na região, queda de 3,9% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Em balanço financeiro divulgado nesta terça-feira, 13, a IHS diz que o declínio na receita ocorreu em função de impactos cambiais, tendo em vista que o faturamento orgânico avançou 1,5%. No entanto, destacou que as receitas dos negócios com a Oi tiveram redução de US$ 5,3 milhões (R$ 28,9 milhões) “como resultado do seu processo de recuperação judicial”.
Ainda na região, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) ajustado fechou o segundo trimestre em US$ 33,3 milhões (R$ 181,7 milhões), baixa anual de 5,3%. A queda foi puxada pelo aumento dos custos de geração de energia e despesas de manutenção e reparos de torres, além dos mesmos motivos que impactaram a receita.
Após a venda da operação no Peru, ao fim do segundo trimestre, a IHS contava com 7.951 torres no Brasil e 243 na Colômbia. Entre abril e junho, a empresa instalou 136 novas torres no território brasileiro.
Mais uma vez, a diretoria da empresa não se manifestou sobre uma eventual venda da operação da torreira no Brasil. Vale lembrar que a IHS também é sócia da TIM Brasil na I-Systems, uma joint-venture de rede neutra de fibra óptica.
Resultados gerais
Levando em conta todas as operações, a holding registrou receita de US$ 435,4 milhões (R$ 2,37 bilhões) no segundo trimestre, queda de 20,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. A cifra foi impactada pela desvalorização de 63,5% da moeda nigeriana naira. O EBITDA ajustado, na comparação anual, teve baixa de 11,9%.
A IHS fechou o segundo trimestre com prejuízo de US$ 124,3 milhões (R$ 678,2 milhões). Apesar do resultado líquido negativo, a empresa conseguiu diminuir as perdas em 90,2% na comparação anual, sobretudo pela redução de mais de US$ 1 bilhão em despesas financeiras.
Artigos sugeridos
