Pará estuda modelo para abrir rede corporativa a provedores
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“Certamente o primeiro trecho da rede que vamos compartilhar com os provedores de internet é o cabo óptico que interliga Barcarena (continente) a Ponta das Pedras, na ilha do Marajó”, disse Flexa, lembrando que essa rota foi construída em parceria com a Celpa, empesa de energia elétrica. “Vamos levar a fibra a outros municípios na ilha e os provedores poderão usar a capacidade da rede para atender a uma população que é extremamente carente”, afirmou.
Flexa lembrou que a rede da Prodepa, em dez anos, evoluiu muito. Passou de um projeto, o Navegapará, a uma rede corporativa compartilhada entre órgãos estaduais, federais e municipais, multifacetada, onde os custos de manutenção são rateados e os investimentos, nem tanto. Quem tem mais orçamento, contribui mais na expansão da rede. A tarefa da Prodepa é interligar os órgãos de governo e pontos de atendimento público, como escolas, postos de saúde, delegacias.
Como o objetivo de interligar com fibra óptica os 144 municípios do estado não é tarefa para um governo, dadas a dimensão geográfica do Pará e a dispersão populacional, Theo Flexa disse que, na atual fase, priorizou-se os municípios com mais de 100 mil habitantes. Deste grupo, sobram dois desafios, disse: São Felix do Xingu e Cametá, atendidas só por rádio. “Se alguém aqui na plateia tive rede de fibra lá, a gente pode estudar uma parceria”, disse ele.
Para avançar em direção ao interior, a Prodepa tem três parcerias estratégicas com empresas de energia elétrica – Eletronorte, Celpa e Isolux – e ainda com a Telebras, no projeto Xingu Conectado. Na área metropolitana de Belém, está sua parceria mais antiga com a RNP, que administra a rede acadêmica. A Metrobel já tem cerca de 300 km, se incluída a última milha. Hoje, o estado conta com mais quatro redes metropolitanas da comunidade acadêmica: Santarém, Marabá, Altamira e Castanhal.