Para a Claro, todos que se beneficiam da internet devem financiar sua expansão

A operadora defende também a urgência para a interrupção da homologação dos devices Only 2G/3G, caso contrário, afirma, " não será factível a transição tecnológica".

Para garantir a sustentabilidade e expansão da infraestrutura de internet no país, a Claro defende que todos os agentes do ecossistema digital que se beneficiam da internet, independentemente de seu porte, assumam sua parcela de responsabilidade social e financeira, garantindo, assim, uso sustentável da web.

Para a operadora, em suas contribuições à consulta da Anatel sobre o Pert –  Plano Estrutural de Redes de Telecomunicações, período 2024-29- embora o ecossistema digital seja composto por diversos atores, atualmente apenas as prestadoras de telecomunicações estão comprometidas com os investimentos necessários para expandir e capacitar a infraestrutura da internet que suporta o ecossistema digital. 

A empresa não mira apenas a contribuição das big techs para a expansão das redes, mas também direciona para as assimetrias regulatórias internas, que fazem com que as operadoras de pequeno porte liderem atualmente o mercado de banda larga fixa em 698 municípios dos ais 69% deles com mais da metade do mercado. E nessas cidades, assinala, ” 90% ou dos usuários de telecomunicações não estão abarcados pelas regras de proteção aos direitos do consumidor ou sequer deverão receber soluções acessíveis para a utilização dos serviços”. Na visão da operadora, para se atingir a Conectividade Significativa são necessários investimentos sólidos e duradouros.

Desoneração cadeia produtiva

E empresa considera relevante ainda para a expansão da internet, a desoneração  da cadeia produtiva da banda larga fixa, e criação de incentivos para o uso dos dispositivos (ONT, ONU, HGU, Cable Modem, FWA e Smaratphones), recomendando que a Anatel faça um estudo sobre os custos envolvidos em cada etapa.

Reitera a urgência para a interrupção da homologação dos devices Only 2G/3G, caso contrário, alerta, ” não será factível a transição tecnológica. Na visão da Claro, esta seria a primeira e mais importante iniciativa da Anatel para evitar expansão e um maior impacto para uma tendência mundial de desligamento das redes legadas, porém, somente essas medidas não serão suficientes”. 

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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