PagBank usa IA para adaptar produtos às necessidades individuais

Tecnologia ajuda fintech a compreender os padrões transacionais e comportamentais dos clientes; IA também é utilizada na detecção e prevenção de fraudes
PagBank usa IA para adaptar produtos às necessidades individuais
Alexandre Magnani, CEO do PagBank: “Utilizamos IA para compreender os padrões transacionais e comportamentais, oferecendo produtos e serviços adaptados às necessidades individuais” | Foto: Divulgação

O PagBank ultrapassou os 31 milhões de clientes e fechou o primeiro trimestre com um lucro líquido recorrente de R$ 522 milhões. O valor, o maior no período desde que a fintech foi fundada, representa um aumento de 33% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.

Mais do que seguir aumentando a base de clientes, a estratégia do PagBank está voltada, principalmente, para trabalhar a própria base já adquirida de clientes. Uma aliada da fintech para cumprir esse objetivo é a inteligência artificial (IA).

“A inteligência artificial está revolucionando o modelo de personalização de serviços financeiros ao auxiliar na coleta e análise de dados. Por exemplo, o PagBank utiliza IA para compreender os padrões transacionais e comportamentais, oferecendo produtos e serviços adaptados às necessidades individuais. Isso permite a criação de ofertas mais alinhadas com os interesses e preferências de cada cliente”, explica Alexandre Magnani, CEO do PagBank.

Segundo o executivo, a fintech acompanha os avanços da IA na oferta de análise preditiva, segurança e eficiência, aspectos que possibilitarão ainda mais a personalização dos serviços financeiros oferecidos. “Isso vai garantir uma jornada cada vez mais fluida e adaptada às necessidades dos clientes”, afirma.

A IA também é utilizada pela instituição financeira na detecção e prevenção de fraudes. Graças às ferramentas de machine learning, a fintech consegue analisar o grande volume de dados gerados por suas transações financeiras.

“Utilizamos a IA para identificar padrões suspeitos em transações, agindo rapidamente para mitigar possíveis ameaças. Isso garante uma abordagem proativa na proteção das contas dos clientes contra fraudes e atividades maliciosas”, diz Magnani.

Produtos para pessoa física e jurídica

No dia a dia, o executivo acredita que a oferta de um ecossistema que consegue atender tanto pessoa física quanto jurídica (dos 31 milhões de clientes, 6,5 milhões são empreendedores de micro, pequenas e médias empresas) é um ponto positivo para a manutenção da base de clientes.

Para os empreendedores, a fintech tem ferramentas para vendas presenciais e online aliadas e funcionalidades para gestão financeira, como a folha de pagamentos, além dos serviços de banco digital.

Para pessoas físicas, tem todo o leque de serviços financeiros, que vão desde crédito consignado ou antecipação de valores do FGTS até cartão de crédito ou investimentos. “Temos consolidado nossa proposta de valor para os micros, pequenos e médios empreendedores, facilitando a vida financeira de pessoas e negócios. Em paralelo, temos capturado oportunidades em clientes consumidores, que não têm relacionamento com as maquininhas de pagamento, por meio dos empréstimos consignados, da nossa ampla plataforma de investimentos e da oferta de banco completo”, afirma Magnani.

A junção da oferta de serviços financeiros e meios de pagamento tem gerado resultado dos dois lados para o PagBank.

Na chamada adquirência, que engloba as plataformas de pagamento que passam por maquininhas, pagamentos online e Pix, o volume total de pagamentos processados (TPV) pela instituição financeira foi de R$ 112 bilhões entre janeiro e março, um crescimento de 27% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Já nos serviços de banco digital, o cash-in (métrica que representa o volume financeiro recebido de outras instituições financeiras nas contas PagBank, excluindo adquirência, com destaque para o Pix, produtos da conta PJ e portabilidade de salário) fechou em R$ 66 bilhões no primeiro trimestre do ano, alta de 48% em relação ao mesmo período de 2023.

“O PagBank é um dos principais recebedores de Pix. De todas as transações desse tipo que ocorrem no Brasil, 9% são feitas por clientes do banco digital”, conta Magnani.

Crédito com garantia

Além de atuar nas duas frentes de negócios, serviços financeiros e plataformas de pagamento, o PagBank acredita que diversificar os produtos e serviços oferecidos à sua base de clientes é um dos pontos que faz seu diferencial. Mas, de acordo com o CEO, o foco continuará em produtos de baixo risco, como crédito consignado, antecipação do saque-aniversário do FGTS e cartão de crédito com limite atrelado aos CDBs da fintech.

“Atravessamos a pandemia, a alta expressiva da taxa de juros e um dos piores ciclos de crédito no Brasil e, mesmo assim, construímos um balanço robusto e diversificamos nossa carteira de crédito nos quesitos clientes, produtos e riscos. No entanto, embora o mercado esteja crescendo significativamente no crédito sem garantia, continuamos a priorizar a oferta de produtos com garantia, que vem apresentando um desempenho positivo em nosso portfólio”, explica Magnani.

No primeiro trimestre do ano, a fintech fechou sua carteira de crédito em R$ 2,7 bilhões, um aumento de 8% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

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Simone Costa

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